Fracasso de Wilson Lima provoca nova perspectiva de poder no Amazonas
A crescente perda de popularidade de Wilson Lima abriu perspectivas de poder para os diversos atores políticos que participaram das eleições do ano passado. Wilson não tem base parlamentar que o sustente em eventual processo de impedimento, nem interlocução com setores do judiciário. E fatos se acumulam, sustentando o questionamento, senão da probidade administrativa, da clara omissão do dever ou da responsabilidade de governar o Estado.
É verdade que dois meses é pouco tempo para construir uma base parlamentar e uma interlocução com o Judiciário. Mas nesse pouco tempo ele andou na contramão dessa estrada, desconstruindo sua própria imagem.
O tempo do Wilson que cuidava da bronca dos outros por trás de uma câmera de tv acabou.
O Wilson de agora tornou-se uma bronca para os eleitores que votaram nele e por tabela para todo o Amazonas.
BARRANDO O 'INIMIGO'
O governo começa a se sentir incomodado com a própria falta de eficiência, denunciada sistematicamente pela oposição. Sem ter como responder ao desafio de normalizar o fornecimento de remédios aos prontos socorros, a saída foi ‘barrar’ o inimigo com a força.
AGORA JÁ ERA
Desde o início de fevereiro o deputado Wilker Barreto desafia a bancada de Wilson Lima a provar que a lista de medicamentos dos prontos socorros estaduais existe e está disponível para a população.
A liderança do governo disse que já estava, mas Wilker mostrou a lista do dia faltando quase todos os remédios, especialmente os mais necessários na urgência e emergência.
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Como não dá pra mostrar a ‘prova dos nove’, o recursos foi Wilson acionar os diretores dos hospitais para que determinassem aos segurança impedirem a entrada do deputado.
A primeira ‘refrega’ aconteceu neste sábado no 28 de Agosto, onde Wilker anunciou que iria conferir a lista. Lá bateu de frente com a segurança e não passou da entrada.
Porém descobriu que urgência e emergência hospitalar no governo de Wilson só no horário comercial...
E AÍ, PLINIO, DE QUEM FALAVAS?
O senador Plínio Valério não explicou a quem se dirigia no discurso que fez quinta-feira, quando pediu aos colegas tolerância, equilíbrio e harmonia, e recomendou aos senadores: “Não podemos nos juntar a picuinhas.” Mas o alvo mais provável é a família Bolsonaro.
ASSUNTOS: Amazonas, impeachment, wilson lima-cassação
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.