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A crescente pressão popular para afastar do cargo o governador Wilson Lima


Por Raimundo de Holanda

16/02/2021 19h52 — em
Bastidores da Política



O governador Wilson Lima continua a ser o que sempre foi: um garoto assustado com o poder e preso a uma gigantesca teia de interesses da qual não tem  conseguido  se desvencilhar. Seu governo apodreceu cedo, produzindo corrupção e morte. Como pode uma promessa de redenção da política transformar-se em um desastre? É que Wilson, nas eleições de 2018,  não era candidato de si mesmo - ninguém é - mas cedeu fortemente a grupos econômicos e de mídia,  elegeu-se governador na esteira de uma aposta do eleitorado na renovação que ele aparentemente encarnava.

Em benefício do governador, pode-se dizer que ele  não é uma pessoa ruim, com propósitos ruins.  E não pode ser colocado no banco dos réus sem que sua defesa deixe de alegar que ele foi um simples instrumento  de grupos de interesse, além da  notória incapacidade de  compreender a  responsabilidade colocada sobre seus ombros ao assumir o cargo para o qual foi eleito.

Dois anos depois de tomar posse, Wilson continua revelando despreparo para comandar um Estado com a economia comprometida, com milhares de desempregados e com mais de 10 mil mortes provocadas pela Covid 19 - que não matou sozinha - a incapacidade com que o governo enfrentou  e continua enfrentando o problema  contribuiu  e ainda contribui para essa mortandade.

Os movimentos que se reproduzem diariamente pelo Estado pedindo seu afastamento do cargo não são produto de conluios de políticos que buscam o poder a qualquer custo.  São uma reação da sociedade, consequência  do inconformismo social com a forma como o governador administra o Estado e enfrenta a pandemia, contabilizando inúmeros fracassos.

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.