Amazonas se prepara para uma nova onda de Covid e o pior pode acontecer
Um nova pandemia só poderá ser evitada com a conscientização da população de que é preciso ter cuidado não apenas individual, mas coletivo. O problema é que só nos preocupamos com nós mesmos e ficou comum ouvir a expressão que é a antítese de tudo o que pensamos sobre solidariedade: ‘“eles (os outros), que se explodam”.
O alerta veio do secretário de Saúde, Anoar Samad. Não poderia ser mais assustadora a frase: “Estimo que devemos ter aumento nos próximos 60-80 dias de gripe e Covid circulando juntas. Anoar prevê internações acima da média e diz que a rede hospitalar está preparada.
É a pior notícia que podíamos ter, porque reabre feridas, que ainda não haviam sido cicatrizadas, rupturas na família e uma dor, que para muitos, não passa.
Da primeira e segunda onda para hoje a medicina avançou, vacinas foram desenvolvidas, mas esse vírus tem um poder de se transformar que está surpreendendo os próprios cientistas,
Então, o que fazer? Primeiro se vacinar. Segundo, respeitar a integridade de quem está ao seu lado, seja na rua ou na balcão self-service de um restaurante.
O uso de máscara ajuda e não é preciso uma lei estadual obrigando o seu uso. Usar voluntariamente máscara é um exercício de cidadania, de preocupação com os amigos, vizinhos, a esposa, os filhos, as pessoas com as quais damos de ombros nas esquinas .
Anoar adverte que a vacina ainda é a saída, mas algumas variantes da Covid estão furando essa blindagem.
Um nova pandemia só poderá ser evitada com a conscientização da população de que é preciso ter cuidado não apenas individual, mas coletivo. O problema é que só nos preocupamos com nós mesmos e ficou comum ouvir a expressão que é a antítese de tudo o que pensamos sobre solidariedade: ‘“eles ( os outros), que se explodam”. O problema é que quando essa explosão nos atinge ou atinge pessoas próximas e que amamos, preferimos atacar o sistema de saúde e nos eximir do crime de omissão que cometemos.
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.