RIO - Além da apreensão de joias e dinheiro em espécie, em moeda nacional e estrangeira, a Polícia Federal (PF) também confiscou grande quantidade de armas, ao cumprir os mandados de busca e apreensão da operação "Rio, 40 Graus", desdobramento da Lava-Jato no Rio, realizada na manhã desta quinta-feira.

O delegado da PF não quis identificar de quem era o armamento. Afirmou que o proprietário tinha uma carteira de colecionador "vencida há muito tempo" e que o material era de grande risco, incluindo metralhadoras e fuzis.

— Posso só esclarecer que era um dos fiscais. Tinha uma autorização vencida para colecionador. Mas já estava vencida há muito tempo. Acredito que seja próximo de uma dúzia de armas. Talvez até um pouco mais. É um armamento de grande calibre. Metralhadoras, submetralhadoras, fuzil. É armamento que, mesmo sendo colecionador, vejo um risco grande para a sociedade.

Mas conforme o G1 apurou, pistolas, fuzis, revólveres e espingardas foram encontradas na casa de Ricardo Falcão, ex-engenheiro fiscal de obras da Prefeitura do Rio e suspeito de envolvimento em esquema de propinas. Também foram apreendidos mais de US$ 51 mil em espécie.

A Polícia Federal levou cerca de 15 armas para averiguação. Falcão havia alegado que o armamento era legal, mas os investigadores apuraram que a licença de colecionador estava vencida. Chamou a atenção também o "grosso calibre" das armas.

— De detalhes posso dizer que foram apreendidos valores, joias, pedras preciosas de grande valor e muitas armas. Especialmente com um dos alvos — afirmou o delegado da PF, Frederico Skora.

Skora confirmou que todos os mandados de busca e apreensão e de prisão temporária e preventiva foram cumpridos. Ainda estão sendo cumpridas algumas conduções coercitivas.