As engrenagens da principal máquina propulsora de desenvolvimento do Amazonas e da região norte foram destravadas nesta quinta-feira, 12, graças a interveniência formal do senador Omar Aziz (PSD) que, em reunião com o ministro da Indústria e Comércio, Armando Monteiro, conseguiu que as reuniões do Conselho de Administração da Suframa (CAS) fossem retomadas.

O CAS não se reúne desde agosto do ano passado e é um importante instrumento para a aprovação de projetos de empresas interessadas em se instalar no Polo Industrial de Manaus (PIM).

A partir de abril, segundo informou o próprio ministro, as reuniões do CAS voltarão a acontecer. 

"Para quem não sabe, essa reunião é muito importante, porque lá são aprovados os novos projetos e é onde ocorre a ampliação daqueles projetos que existem. Se nós temos uma economia decaindo, é importante que se aprovem novos projetos para a implantação deles ou a ampliação daqueles que existem", afirmou Omar. "A Zona Franca de Manaus, no mês de janeiro, referente ao ano de 2014 para 2015, teve uma queda de 12,4% na sua economia. Isso preocupa – e preocupa bastante – a todos nós. Temos problemas a serem resolvidos ao longo do nosso mandato", ressaltou o Senador do Amazonas.

Outra questão tratada na reunião entre Omar e o ministro foi a exportação dos produtos fabricados na Zona Franca de Manaus para outros países. O líder do PSD no Senado falou sobre problemas antigos de logística que a Zona Franca de Manaus enfrenta e os problemas burocráticos a serem resolvidos. "Coisa que é resolvida em horas, em outros países, aqui, no Brasil, demora-se dias para se resolver a burocracia nas alfândegas brasileiras. Isso preocupa qualquer empresário que quer celeridade no manuseio da sua mercadoria para fabricar o bem final ou para exportar esses produtos", discursou, em plenário. "Muitos países da América do Sul, hoje, estão importando produtos que são fabricados na zona franca de países muito mais longínquos que a Zona Franca de Manaus. Trazem da China, do México, porque têm muito mais velocidade em trazer esse material, esse bem final para ser vendido nos seus países do que comprar aqui", completou Omar.

Na avaliação do senador, é necessário que o Ministério das Relações Exteriores, juntamente com o Ministério da Indústria e Comércio, possa fazer um trabalho para que as exportações brasileiras tenham mais celeridade. "Senão, da forma que está hoje, da forma como se encontra hoje, não teremos, na economia, solução imediata ou daqui a alguns meses sobre esses problemas que já afligem o povo brasileiro e quem muito investe neste País", finalizou.