O café é a resposta contra o avanço da pecuária na Amazônia
Apuí, no sul do Amazonas, vem produzindo desde 2012 o primeiro café agroecológico da Amazônia. O município é uma das principais frentes de avanço da pecuária na Amazônia, está entre os dez municípios com a maior taxa de desmatamento na região.
Surgiu, assim, a ideia de criar em Apuí um modelo de lavoura cafeeira baseada no sistema agroflorestal (SAF), onde um cultivo agrícola é desenvolvido em consórcio com outras espécies vegetais. Inicialmente, cada produtor recebeu apoio para a recuperação de 1 hectare de cafezais, o que incluiu a distribuição de 10 mil mudas de espécies amazônicas nos dois primeiros anos.
Projetos desenvolvidos na região também ajudam a fomentar outras cadeias produtivas. Investir no desenvolvimento social também é uma forma de resistir à grilagem e ao desmatamento para pasto extensivo e com investimentos do terceiro setor, o projeto liderado pelo Idesam pretende agregar 200 agricultores familiares nos próximos três anos.
Os estudos realizados por pesquisadores da Wageningen University, na Holanda, e a Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Minas Gerais, mostraram que sistemas agroflorestais diminuem o impacto das mudanças climáticas sobre a produção do café.
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