1º ninho ativo com filhote de gavião-real é monitorado no Amapá
Acompanhar um ninho de gavião-real (Harpia harpyja) com filhote de dois meses na Comunidade União, em Porto Grande, município do Amapá, trouxe otimismo à equipe do Projeto Harpia, uma rede de apoio pela conservação da espécie de âmbito nacional e que nasceu no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI).
“Outros dois ninhos foram registrados entre os anos de 2009 e 2012 por pesquisadores de outros projetos Christian Andretti e Marcus Canuto, entretanto visitas realizadas por nossa equipe não encontraram a presença da ave ou do ninho desde então”, contou Sanaiotti.
De acordo com a tecnologista do Inpa e colaboradora do Projeto Harpia, Tania Pimentel, o ninho em Porto Grande, fica próximo a um ramal, sendo um convite aos observadores de aves e amantes da natureza, e por outro lado uma ameaça à sobrevivência da família de gavião-real por estar exposta às pessoas que circulam em carros e motos.
Luiz visitou vários órgãos em Macapá-AP, e no Bioparque da Amazônia, Marina Macedo o informou sobre o Projeto Harpia e ela fez o relato da novidade pelo instagram do Projeto, e a coordenadora da articulação institucional, Helena Aguiar, encaminhou a demanda para a equipe de campo.
Considerado a maior ave de rapina do Brasil, o gavião-real, também chamado de harpia, ocorre nas Américas Central e do Sul, mas a maior população encontra-se na Amazônia considerando a ampla extensão de floresta ainda disponível no bioma.
A espécie depende de florestas para construir seus ninhos em árvores bem altas. Em Porto Grande o ninho, que está a 30 metros de altura encontra-se em um angelim, e como o tronco está comprometido, a madeira não foi explorada, para sorte da família harpia.
“Temos ainda que ampliar a divulgação para os municípios do interior dos estados da Amazônia, captar recursos para as ações locais e buscar o comprometimento dos órgãos responsáveis pela fiscalização ambiental e uso da terra”, conta Sanaiotti.
ASSUNTOS: Amazônia