Três funcionários são presos e sete afastados por fraudes em contratos da Saúde no Amazonas
Manaus/AM - Três funcionários públicos, de diferentes unidades hospitalares, foram presos durante a Operação Metástase, do Ministério Público do Estado (MPAM), deflagrada na manhã de hoje (16), em Manaus e também em Joinville, em Santa Catarina.
Os presos são servidores do Cecon e das maternidades Balbina Mestrinho e Nazira Daou, que não tiveram os nomes divulgados. Segundo o MPAM, os suspeitos são acusados de cometer fraudes e irregularidades em contratos de licitação das unidades.
"A operação de hoje atingiu mais de uma unidade, algumas delas especificamente por conta de alguns servidores, outras mais por conta dos procedimentos internos dessas unidades. Foram 27 mandados de busca e apreensão, tivemos três prisões preventivas. Nossa ação pede afastamento de sete servidores, pede a suspensão de contratos de algumas empresas que identificamos como como suspeitas, bloqueio de bens e a partir disso daí a investigação se desdobra", explica o promotor Ednaldo Aquino Medeiros.
A Operação Metástase é um desdobramento da Operação Jogo Marcado, que iniciou as investigações a respeito das irregularidades em contratos. O MPAM não divulgou detalhes do teor da ação porque a mesma acontece sob sigilo, mas citou o envolvimento direto de uma família nos crimes.
"É um desdobramento daquela primeira fase aonde tínhamos ali empresas relacionadas a uma determinada família. Sim, é um desdobramento, portanto ela tem uma relação é, direto (...) as pessoas que foram presas, elas certamente são pessoas com relevância dentro da investigação. As empresas, como eu disse, o processo está em segredo de justiça. Falar nome das empresas ou das pessoas, eu estou impedido pelo próprio sigilo da justiça, mas eram fornecedores. As unidades de saúde, nós temos Balbina Mestrinho, nós temos Nazira Daou e outras unidades que não tem uma relação direta, mas tem relação com servidores".
Sobre o material apreendido, o MPAM afirma que apreendeu documentos, celulares, computadores e um cofre que ainda será aberto. Até o momento, os prejuízos causados aos cofres públicos é de mais de R$ 1 milhão. Sobre o mandado cumprido em Joinville, o MPAM afirma que o cumprimento se estendeu para lá porque um do alvos da operação estava viajando para a cidade catarinense.
Em relação ao início das investigações, os trabalhos começaram ainda em 2022 com a primeira fase da Operação "Jogo Marcado" e a nova operação é um braço desta. "A segunda fase da Operação Jogo Marcado e ela recebeu esse nome em razão de que a partir da primeira fase identificamos que os mesmos modos operantes da primeira fase, os quais eram fraude em licitação, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro, peculato, associação criminosa; essas práticas também se estendiam para o outras unidades. Essa é a razão do nome da operação", explica Ednaldo.
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