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Termelétricas a gás no interior serão entregues até o fim do ano

Por Portal Do Holanda

25/07/2013 15h36 — em
Amazonas



Com a proposta de mudar a matriz energética de óleo mineral para gás natural em quatro municípios do interior do Estado até o fim deste ano, uma comitiva do governo e representantes da empresa Eletrobras Amazonas Energia estiveram em Anori, Anamã, Caapiranga e Codajás, onde acompanharam as obras em fase de finalização de quatro usinas termelétricas que abastecerão essas quatro localidades.

As usinas demandaram aporte na ordem de R$ 32 milhões e vão gerar o dobro da capacidade de consumo atual de energia nessas cidades, seguindo um cronograma de intenções traçados pelo governo do Estado, onde se prevê um aumento real de 134% na oferta de eletricidade no interior em três anos.

O vice-governador José Melo explicou que essa mudança na matriz energética resulta da conclusão do gasoduto Urucu-Coari-Manaus, o qual traz ganhos econômicos, ambientais e sociais às regiões por onde passaram os dutos. Segundo ele, até o fim de 2015, o fornecimento de energia nas zonas rurais dará um salto, já que estão previstas a implantação de 34 usinas com capacidade diária entre 600 kilowatts e 18 megawatts, o que deverá impactar positivamente a economia e a qualidade de vida das populações das calhas dos rios Solimões e Juruá.

“Só para se ter uma ideia desse avanço energético, em Codajás, por exemplo, onde o consumo é de 3.200 kilowatts, a nova usina a gás dará ao município uma capacidade de 5.484 megawatts. Em Anori, onde a oferta é de 2.500 kilowatts, essa capacidade chegará a cinco mil megawatts. Além disso, a economia feita pelo Estado com a substituição do óleo combustível e do diesel pelo gás natural é imensurável”, completou Melo.

As obras de construção das usinas seguiram estritamente um plano de ação ambiental, o qual previa o menor índice de desmatamento ou o uso sustentável de áreas já desmatadas. Segundo o diretor da empresa consultora Água Pura, Ubirajara Boechat, responsável pelo estudo de impacto ambiental da termelétrica a gás em Anori, a construção da usina é um exemplo disso, já que foi planejada em um terreno de 16 mil metros quadrados, antes utilizado como área de pastagem, e afastado cerca de cinco quilômetros da sede do município.

“O terreno já estava todo desmatado, por isso o local foi um dos mais adequados para o projeto. Além disso, todo o terreno no entorno está sendo demarcado como área de preservação, de forma que futuramente, caso venham a surgir, os bairros mais próximos da usina fiquem a pelo menos 1,5 quilômetro de distância da termelétrica”, explicou o engenheiro.

Os investimentos na questão energética, logística, infraestrutura e mecanização dos municípios já somam R$ 8,58 bilhões, dos quais 60% são provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento do governo federal.

Sem revelar o ‘salto’ que a produção de energia dará nos municípios beneficiados com a empreitada, o diretor da Eletrobras Amazonas Energia, Radyr Oliveira, explicou que as usinas estarão preparadas para atender as demandas das unidades consumidoras do interior por pelo menos 15 anos. “Quem vai dizer essa capacidade é o mercado do interior, que, em média, tem crescido anualmente 8%”, garantiu.
 

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