Professores furam greve e dividem movimento na Ufam
Manaus/AM - Mesmo com greve deflagrada desde a segunda-feira (15), um grupo de professores da Universidade Federal do Amazonas continua dando aulas na instituição, considerando a paralisação ilegal.
A atitude reflete uma discrepância interna entre os docentes, demonstrada desde as primeiras reuniões sobre o assunto, que ao final decidiram pela paralisação das aulas.
Em Manaus, a maioria dos professores é contra a greve. Foram 257 votos contra a paralisação na capital amazonense, e apenas 14 no interior. Dos votos a favor, foram 184 de docentes de Manaus, e 108 do interior amazonense. A soma resultou em 292 votos favoráveis no total, com 21 votos de diferença.
Na assembléia geral ocorrida a terça-feira (9), um dos pontos de discussão era pela contabilização ou não dos votos dos professores de fora da sede. Como os votos dos educadores do interior foram realizados na reitoria, diretoria e presidência da Associação dos Docentes da Ufam (Adua), foram por fim contabilizados.
Nesta quarta-feira (16), um abaixo-assinado contra a greve foi entregue pelos professores à reitora Márcia Perales, reunindo 454 assinaturas pedindo para que a suspensão do calendário acadêmico seja cancelada. Os docentes contra a paralização alegam que embora acreditem que a motivação seja legítima, a greve deve ser exercida de forma mais democrática, quando todas as possibilidades de negociações forem esgotadas.
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