Manaus/AM - A crise econômica, que abala o País e reflete negativamente nas economias estaduais, está afetando a maior empresa do Polo de Duas Rodas do Polo Industrial de Manaus, a Moto Honda da Amazônia. A crise é reconhecida pelo diretor institucional da empresa, Paulo Takeushi, que lamenta a queda da produção da empresa em 40% .

Para uma empresa que chegou a produzir 2 milhões de motos por ano e 5,2 mil/dia, os problemas atuais são preocupantes, afirma Takeushi, demonstrando a insatisfação da empresa com a produção de somente 3,6 mil neste primeiro semestre de 2016.

Takeushi diz que a Moto Honda está na expectativa dos efeitos das medidas que estão sendo adotadas pelo presidente Michel Temer (PMDB) para o enfrentamento da crise nacional. Segundo ele, é impossível esperar efeitos positivos a curto prazo, pelo que se sente obrigado a admitir que as melhorias só ocorram a partir do início de 2017. Atualmente, a Moto Honda emprega 6 mil trabalhadores e ser recusa a falar em demissões.

Retração afeta venda de veículos novos

Dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) mostram que a retração da economia fez cair os negócios envolvendo a venda de veículos novos no Amazonas na ordem de 32%. A falta de crédito bancário e o desemprego são apontados como fatores que influenciam o problema.

Empresas como a Solimões Veículos dizem que a restrição bancária é um entrave sério e pode agravar a crise do setor automobilístico nos próximos meses. A Solimões vendia em torno de 150 veículos por mês. Agora, só consegue vender 50 carros ao mês. O reflexo é a redução dos postos de trabalho. De 226 funcionários, a empresa reduziu o seu quadro para 136 trabalhadores.