Oitenta atendimentos médicos, 50 aplicações de flúor, 25 cortes de cabelo, 24 emissões de Carteiras de Identidade e quatro orientações jurídicas. Esse foi o balanço da ação social coordenada pelo delegado geral de Polícia Civil do Estado do Amazonas, Josué Rocha, nesse sábado (13), na comunidade Lago do Pesqueiro.

Localizada à margem direita do rio Solimões, no município de Manacapuru, distante 68 quilômetros em linha reta de Manaus, a comunidade recebeu a visita de 30 servidores da instituição e o apoio de 10 voluntários, entre cabeleireiros, bombeiros, médicos e comunitários, que não mediram esforços para viabilizar atendimentos aos ribeirinhos na Escola Municipal Eduardo Ribeiro.

Além da doação de roupas, arrecadadas pelos servidores da Polícia Civil, foram oferecidas palestras educativas aos moradores das comunidades Ressaca do Pesqueiro, Pesqueiro e Pesqueiro 2.

 Entre os temas abordados durante o encontro: “Segurança e Comunidade”, “Primeiros Socorros” e “Planejamento Familiar e DSTs”. Esta última ministrada pela assistente social Francisca Brandão do Departamento de Controle e Avaliação (DCA) da Polícia Civil.

Um dos voluntários, o capitão do Corpo de Bombeiros João Batista do Nascimento, ensinou os participantes como proceder em situações de riscos que exijam noções de primeiros socorros, como afogamentos, engasgos, queimaduras e picadas de animais peçonhentos. “Estou aqui para compartilhar conhecimentos e garantir a segurança de todos”, argumentou.

Para a professora Lenerama da Silva Freitas, 42, foi uma felicidade muito grande poder participar da ação e receber as orientações repassadas pelos profissionais durante as palestras. Ela disse que é muito importante que as pessoas tenham acesso aos serviços oferecidos. “É uma sensação muito boa saber que não fomos esquecidos”, disse.  

Samilla Samilly Castro de Souza, 10, esteve com a mãe, Edna Castro, 27, para tirar a primeira via do Registro Geral (RG), conhecido popularmente como Carteira de Identidade. O serviço foi oferecido pelos servidores do Instituto de Identificação da Polícia Civil. “Estou ansiosa! Viemos de voadeira. Levamos uns dois minutos para chegar aqui”, explicou a menina.

De acordo com o delegado geral de Polícia Civil, Josué Rocha, a iniciativa tinha por objetivo aproximar a instituição da comunidade, mostrando que a Polícia Civil tem seu papel social, além de atuar na repreensão a crimes. “Pretendemos fazer um trabalho diferenciado, levando os nossos serviços à sociedade em geral. Estamos contentes com os resultados alcançados na ação desse sábado. Agradeço a todos que contribuíram”, declarou.  

A odontóloga Daniela Pontes, gerente do DCA, explicou que a ação envolveu servidores de diversos departamentos da Polícia Civil, engajados em promover qualidade de vida e contribuir com a autoestima dos comunitários.

“O nosso setor ficou responsável pela realização de atendimentos ambulatoriais, disponibilização de medicamentos, aferição de pressão arterial, testes de glicemia, orientações de higiene bucal, aplicação de flúor e distribuição de pastas de dente e escovas”, disse.

Denominado “Projeto Estação Legal”, o trabalho foi acompanhado pelos delegados Petronio Carvalho, diretor do Departamento de Planejamento da Polícia Civil (Deplan) e pelo diretor do Departamento de Polícia do Interior (DPI), delegado Antônio Chicre Neto.

Para chegar ao local, os participantes da ação itinerante foram de carro até o município de Manacapuru, onde embarcaram no ferry boat Governador Paulo Pinto Nery, de propriedade da Polícia Civil, onde funciona a Delegacia Fluvial (Deflu).