Pesquisa produz guias ilustrados com espécies de borboletas que se alimentam de frutos

A presença e a diversidade de borboletas frugívoras (espécies que se alimentam principalmente de frutos) em uma área fornecem indicativos sobre o estado de conservação do ecossistema, devido à sua especificidade ambiental e sensibilidade a mudanças no habitat, seja por desmatamento, degradação ou alterações climáticas.
O principal resultado de pesquisa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), foi a produção de seis guias de identificação de borboletas frugívoras, com mais de 100 espécies encontradas nas Unidades de Conservação (UCs) da Amazônia brasileira.
Guias ilustrados
O estudo contou com a colaboração e a logística do Programa Nacional de Monitoramento da Biodiversidade – Programa Monitora, do ICMBio, que vem sendo desenvolvido há mais de 10 anos. O programa realiza o monitoramento anual de borboletas frugívoras em diversas UCs Federais nos biomas Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica.
Primeiramente, a captura desses insetos foi realizada por meio de coletas em duas campanhas anuais, usando armadilhas com iscas atrativas. As borboletas capturadas foram enviadas para Manaus, onde foram identificadas, fotografadas e depositadas em coleções entomológicas de referência. Logo depois, houve as fases de identificação das borboletas até o nível de espécie, registro fotográfico das amostras, revisão por taxonomistas especializados, diagramação e produção do conteúdo dos guias e, por fim, a publicação e disponibilização para uso técnico e educativo.
Cada Unidade de Conservação possui características ambientais e contextos biogeográficos únicos, o que influencia a diversidade das borboletas presentes, apresentando uma proporção distinta de tribos e espécies, que são influenciadas por essas variações ambientais, climáticas e biogeográficas.
As espécies mais comuns, sendo encontradas em todas as seis UCs e geralmente em outras regiões da Amazônia brasileira, foram: Catonephele acontius, Nessaea obrinus, Pseudeuptychia herseis, Opsiphanes invirae e Taygetis sosis. Já aquelas que foram raramente capturadas e que, anteriormente, não possuíam fotografias ou fotografias em cores em artigos ou guias, foram: Eunica amelia (fêmea), Hamadryas alicia, Hamadryas belladonna e Taygetis oyapock.
Para saber mais informações, confira os guias:
Resex Arapixi:
https://www.researchgate.net/publication/385168706_BORBOLETAS_FRUGIVORAS_DA_RESEX_ARAPIXI
Parna Nascentes do Lago Jari: https://www.researchgate.net/publication/385169328_BORBOLETAS_FRUGIVORAS_DO_PARNA_NASCENTES_DO_LAGO_JARI
Parna do Jaú:
https://www.researchgate.net/publication/385168901_BORBOLETAS_FRUGIVORAS_DO_PARNA_DO_JAU
Parna dos Campos Amazônicos:
https://www.researchgate.net/publication/385169103_BORBOLETAS_FRUGIVORAS_DO_PARNA_DOS_CAMPOS_AMAZONICOS
Parna Mapinguari: https://www.researchgate.net/publication/385169105_BORBOLETAS_FRUGIVORAS_DO_PARNA_MAPINGUARI
Rebio do Uatumã: https://www.researchgate.net/publication/385172076_BORBOLETAS_FRUGIVORAS_DA_REBIO_DO_UATUMA

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