Manaus/AM - A vacinação em pessoas com 49 anos iniciou nesta quinta-feira (18) na capital. A imunização antecipada faz parte da pesquisa CovacManaus da Fundação de Medicina Tropical em parceria com a UEA. 

O Instituto Butantan doou 10 mil doses da CoronaVac para serem usadas na pesquisa. Profissionais da educação, segurança, entre 18 e 49 anos com e sem comorbidades, da rede estadual, podem realizar a inscrição. 

Cerca de 40 pessoas receberam a imunização, até 12h15 de hoje, segundo informou o coordenador da pesquisa, Marcus Lacerda, durante coletiva de imprensa. Os imunizados que participarem do estudo serão monitorados durante um ano, neste período o estudo ajudará na identificação do impacto da antecipação da aplicação da vacina em pessoas com comorbidades na prevenção das formas graves da doença, em Manaus, onde predomina a variante P.1.

O Amazonas está sendo pioneiro no estudo, que pode guiar o enfrentamento da Covid-19 mundialmente. 

"Existem muitas dúvidas ainda do nível de imunidade gerado pela vacinas e pela infecção natural. A gente vai ter ao final desse estudo um grupo de 10 mil pessoas que estão expostas ao risco de infecção e que a cada 3 meses a gente vai ter a quantidade de anticorpos dessas pessoas medidos", explicou Lacerda.

A Escola Normal Superior (ENS) da UEA, funcionará de segunda a sábado, das 9h às 16h, havendo um calendário específico para as faixas etárias dentro da pesquisa. Aos sábados, o local reunirá os servidores que não puderam se vacinar durante a semana. Na UEA, os trabalhadores elencados devem apresentar, na triagem, documento e laudo médico comprovando algum tipo de comorbidade. Aqueles que não possuem comorbidades também poderão participar da pesquisa por meio da sorologia, feita pelas equipes durante o período de um ano.

“Essas pessoas também são muito importantes porque teremos uma informação de quanto tempo dura uma imunidade ao vírus para aquelas pessoas que já tiverem Covid-19. É importante lembrar que quem já teve Covid-19 também pode entrar no estudo. Só não poderá entrar quem já recebeu alguma dose da vacina”, acrescentou Marcus Lacerda.

Mais detalhes do estudo também serão divulgados nas redes sociais do grupo de pesquisa (@ipccb). A iniciativa contará com uma ouvidoria presencial e virtual ([email protected]), para dúvidas, sugestões e críticas.