Ministra diz que não vai julgar Graça Figueiredo
A Corregedora Nacional de Justiça, Ministra Nanci Andrighi, declarou-se suspeita no caso de representação disciplinar que envolve a atual Presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas, Desembargadora Graça Figueiredo. Em seu despacho, a Corregedora alegou ser assessorada pelo marido de Graça Figueiredo, o Juiz César Bandiera.
Advogados consultados pelo Portal do Holanda disseram que a decisão surpreendeu, porque, segundo eles no início de junho deste ano, logo após a ação ter sido protocolada no CNJ, a ministra instruiu e despachou o procedimento sem lembrar que um de seus principais assessores era marido da representada.
Entenda o caso
No dia 01 de junho deste ano, a Corregedora Nanci Andrighi determinou que o desembargador Flávio Humberto Pascarelli se manifestasse sobre o interesse em atuar como parte no processo ajuizado pelo advogado Dixmer Vallini Netto contra a presidente do TJAM, desembargadora Maria das Graças Figueiredo.
Dixmer Netto ingressou, no dia 22 de maio, com uma representação disciplinar contra a magistrada alegando que, em 2009, ela atuou para prejudicar o desembargador Flávio Pascarelli.
No documento protocolado no CNJ, o advogado narra um caso em que a desembargadora pediu à Secretária Geral do TJAM que suprimisse de um documento o termo “interinidade”. A supressão dessa palavra no documento resultou no afastamento de Pascarelli do cargo de desembargador suplente do TRE-AM.
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