Militar envolvido em plano de morte de Lula será transferido para Manaus

Manaus/AM - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou, nesta terça-feira (4), a transferência do tenente-coronel do Exército Hélio Ferreira Lima, preso por envolvimento em uma trama golpista, de Brasília para Manaus. Lima é um dos membros do grupo conhecido como "Kids Pretos", que é investigado pela Operação Contragolpe, que apura planos de assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e de Moraes.
Hélio Lima foi detido preventivamente em 19 de novembro de 2024, no Rio de Janeiro, onde permaneceu por cerca de 15 dias, antes de ser transferido para Brasília. Desde então, ele está preso no Comando Militar do Planalto, mas solicitou a mudança para Manaus para ficar mais próximo da família. O Comando Militar da Amazônia confirmou a disponibilidade de uma vaga adequada para sua prisão domiciliar.
A decisão de Moraes inclui a transferência de Lima para o 7º Batalhão de Polícia do Exército, em Manaus. O ministro determinou que o Comando Militar da Amazônia e o batalhão fossem notificados da mudança, além de intimar os advogados do militar.
Lima foi preso durante a operação da Polícia Federal que investiga uma organização criminosa que, em 2022, planejou a prisão e o assassinato de líderes políticos e interferências nas eleições. As investigações revelaram um esquema complexo que envolvia o uso de conhecimentos técnicos militares para coordenar ações ilícitas.
Além de Lima, outros quatro militares do Exército e um policial federal foram presos na operação. O grupo, que incluía nomes influentes, é acusado de ter elaborado um plano detalhado, denominado "Punhal Verde e Amarelo", para executar seus objetivos. As ações criminosas visavam não apenas assassinar os líderes eleitos, mas também obstruir o funcionamento do Poder Judiciário.
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