Marcellus Campêlo revolta ao dizer que falta de oxigênio durou 2 dias no AM
Manaus/AM - O ex-secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, causou uma onda de revolta entre os senadores que compõe a CPI, ao afirmar que os hospitais de Manaus ficaram apenas dois dias sem oxigênio:
“Na rede estadual, nas unidades de saúde houve registro de intermitência só nesses dois dias”, declarou.
Marcellus disse que o desabastecimento ocorreu nos dias 14 e 15 de janeiro e que nos dias que se seguiram o estoque foi reposto.
Os senadores, porém, exibiram no telão da comitiva uma série de reportagens que mostravam pessoas chegando aos hospitais com cilindros de oxigênio nas costas para entregar aos hospitais na tentativa de manter seus familiares vivos.
No decorrer da apresentação, o caos e o desespero da população com as mortes em massa foram observados em pelo menos três datas diferentes: 21, 26 e 30 de janeiro.
A senadora Eliziane Gama foi uma das senadoras que se revoltou e criticou duramente o ex-secretário: “A gente chora toda vez que assisti em casa, porque algo desalentador. É desesperador as pessoas correndo atrás de oxigênio para atender às suas famílias em uma fila (...) Pelo amor de Deus secretário, as pessoas estavam na frente do hospital com cilindros nas costas para entrar no desespero desalentador e o senhor está dizendo que não estava faltando cilindro dentro dos hospitais. Por favor não subestime o nosso raciocínio. Lamente, dizendo a verdade. O senhor traz uma angústia revoltante, é revoltante ouvir do senhor que só faltou oxigênio apenas dois dias no Amazonas”.
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