Manaus/AM - Começou nesta quarta-feira (5) o julgamento de Rafael Freitas Batista, 23, e Jaqueline Batista Trindade, 29, acusados de assassinar Andriely da Silva Nascimento, grávida de aproximadamente três meses na época do crime. O caso ocorreu em abril de 2018, em Itacoatiara, a 176 km de Manaus, e teria sido motivado pela crença de que a vítima praticava “magia negra” contra Jaqueline, além de supostos ciúmes relacionados a um relacionamento extraconjugal entre Andriely e o marido de Jaqueline.

Segundo a Polícia Civil do Amazonas, os irmãos atraíram Andriely para uma área isolada às margens da rodovia AM-010, onde a atacaram com golpes de faca e estaca. O corpo da vítima foi encontrado dias após o desaparecimento, com múltiplas perfurações e sinais de violência extrema.

Durante as investigações, Rafael e Jaqueline confessaram o crime. Ambos são réus por homicídio qualificado, com agravantes de motivo torpe, meio cruel e feminicídio, conforme apontam os autos do processo. A acusação também destaca que o ataque foi planejado e executado de forma violenta, sem chance de defesa para a vítima.

O julgamento está sendo realizado no Fórum de Itacoatiara, e o caso segue sendo acompanhado de perto pela imprensa local. A tragédia reacende o debate sobre violência contra mulheres e grávidas no Amazonas, ao mesmo tempo em que mobiliza autoridades sobre a importância de medidas preventivas em áreas isoladas da região.