Manaus/AM - O aumento de 71% o índice de desmatamento no Amazonas no último mês setembro em relação ao mesmo mês do ano passado foi revelado pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). A área desmatada neste ano é de 261 Km², contra 153 Km² do período do ano passado.

Em toda a Amazônia Legal, o SAD detectou 1.224 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia, um aumento de 1% em relação a setembro de 2020, quando o desmatamento somou 1.218 quilômetros quadrados.

Com isso, o desmatamento no Amazonas corresponde a 21% de toda área devastada na Floresta Amazônica em setembro de 2021. O estado só perde para o Pará, que lidera o cenário, sendo responsável por 39% da devastação da floresta nesse período.

No Amazonas, a área com a maior intensidade de desmatamento está situada na região Sul do Estado, nas fronteiras com o Acre, Rondônia e Mato Grosso.

O instituto destaca também que setembro foi o sexto mês do ano em que a Amazônia teve a maior área destruída na década. Nos meses de março, abril, maio, julho e agosto também houve registro de pior nível desmatamento desde 2012, o que resulta no acumulado de janeiro a setembro deste ano em nada menos 8.939 km², 39% a mais do que no mesmo período em 2020 e o pior índice em 10 anos.

Pelos cálculos do Imazon, a floresta amazônica perdeu diariamente uma área maior do que 4 mil campos de futebol apenas em setembro. Em todo o mês, foram devastados 1.224 km², o que corresponde ao tamanho da cidade do Rio de Janeiro.

A pesquisadora do Imazon, Larissa Amorim, destaca que a intensificação do desmatamento na Amazônia Legal não favorece a imagem do Brasil na COP-26. “É necessário que o país adote urgentemente medidas significativas para combater o desmatamento e, consequentemente, reduzir as emissões dos gases de efeito estufa”, afirma.