O Ibama aprovou nesta quarta-feira (24) a Avaliação Pré-Operacional (APO) da Petrobras para perfuração de um poço exploratório na Bacia da Foz do Amazonas, no Amapá. O simulado de emergência, realizado em agosto, era a última etapa do processo de licenciamento ambiental e avaliou a capacidade de resposta da estatal em caso de acidente. A empresa tem até sexta-feira (26) para apresentar ajustes solicitados pelo órgão.

A Margem Equatorial, que vai do Amapá ao Rio Grande do Norte, é considerada estratégica pelo potencial de grandes reservas de petróleo e gás. A região possui características geológicas semelhantes às de áreas da Guiana e do Suriname, onde já foram feitas descobertas relevantes. O pedido de licenciamento da Petrobras vinha sendo analisado há anos e chegou a ser negado anteriormente por falhas no plano de emergência.

No parecer, o Ibama destacou a robustez da estrutura apresentada pela estatal e aprovou a avaliação, mas exigiu melhorias no plano de proteção à fauna para garantir alinhamento às especificidades da região. A Petrobras se comprometeu a incorporar as recomendações e reapresentar o documento dentro do prazo.

Com a conclusão da APO e a entrega das revisões pedidas, a Petrobras aguarda a licença ambiental para iniciar a perfuração do primeiro poço de petróleo na costa do Amapá. Segundo a empresa, o projeto é parte da estratégia para desenvolver a Margem Equatorial e reforçar a segurança energética do Brasil, além de contribuir para a transição energética do país.