Desde que foi deflagrada a greve dos servidores da Suframa, um total de 198.385 Notas Fiscais estão ‘represadas’ à espera de liberação. Elas somam  R$  2,723 bilhões, o que significa que o Estado deixou de arrecadar mais de R$ 300 milhões. E a situação se agrava a cada dia para o governo que já sofre com os cortes orçamentários e os apertos fiscais da União.
 
A falta de despacho das mercadorias também coloca em risco o abastecimento de Manaus. Comerciantes atacadistas preveem que em breve vai faltar carne, frango e verduras porque essas mercadorias apodrecem em poucos dias.
Também não adianta a Sefaz colocar auditores fiscais à disposição para ajudar porque os funcionários da Suframa simplesmente não ‘passam’ o serviço para eles, descumprindo a ordem do juiz Ricardo Augusto Salles.
 
Os  números de abril são particularmente temerários. Juntos, os setores de bens de informática, produtos eletrônicos e ópticos do parque Industrial de Manaus  retraíram 41,5%, provocando queda na atividade industrial de 19,9%, no comércio de 2,1%, e nos serviços de 2,8%. Por seis meses consecutivos o desemprego vem aumentando, chegando a 4,8% em maio. Tudo isso fez a receita tributária variar para menos 5,9% entre junho de 2014 e junho de 2015, com queda de R$ 252 milhões
 
Em Brasília o senador Omar Aziz fez apelo aos servidores da Suframa para não levarem sua posição ao extremo. Mas diz que não vai descansar enquanto não acontecer a votação do veto da presidente Dilma Rousseff ao projeto de reestruturação do PCCS dos servidores, adiada para o dia 14 de julho. Omar tem trabalhado   para sensibilizar deputados e senadores de outros estados para a causa. São necessários os votos de 41 senadores e de 257 deputados federais para derrubar o veto e o projeto seja promulgado.