Governo manda apurar participação de policiais em manifestação

Por determinação do governador José Melo, a Corregedoria Geral do Sistema de Segurança, da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM), abriu procedimento para apurar possíveis transgressões administrativas por policiais militares durante manifestação na comunidade Jesus me Deu, na zona norte, na noite de terça-feira, 12 de maio. O Comando da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), também por determinação do governador, abriu sindicância e colocou o setor de inteligência da instituição para acompanhar o caso, visando principalmente resguardar a ordem na comunidade.
De acordo com o secretário estadual de Segurança Pública, Sérgio Fontes, a Ouvidoria Geral do Sistema de Segurança está na comunidade para ouvir os moradores. Ele disse que a determinação do governador é que o sistema de segurança cumpra estritamente o seu dever, agindo para proteger o cidadão. Além da comunidade, a Ouvidoria pretende colher relatos do cabo da PMAM que estaria sendo ameaçado no local e de profissionais da imprensa que relataram agressões por parte de policiais.
A comunidade também será convidada a participar de uma reunião com os comandantes do Comando de Policiamento Metropolitano (CPM), de Policiamento de Área (CPA) e da 18ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom). O objetivo do encontro, segundo o Comando da PMAM, é promover o debate sobre melhorias na atuação da polícia junto à comunidade.
O Comando da PMAM também tomou medidas operacionais para assegurar a tranquilidade aos moradores da comunidade Jesus me Deu. Para isso, foi intensificado o policiamento ostensivo pela 18ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom) na comunidade e reforçado o policiamento especializado pela Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam).
O secretário da SSP afirmou, ainda, que a denúncia de agressão contra profissionais de imprensa e moradores, por parte de policiais militares, será apurada no âmbito dos procedimentos administrativos já abertos. "A liberdade de imprensa faz parte do nosso Estado democrático. Esse tipo de atitude jamais pode ser tolerada por nenhum órgão de Segurança e do Estado como um todo", disse Sérgio Fontes.

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