Governadores gastaram bilhões de reais em projetos que empobreceram o Amazonas
Muitos bilhões de reais foram desperdiçados em compra de motosserras, rabetas, máquinas e implementos agrícolas, sementes e insumos distribuídos aleatoriamente, sem um plano de trabalho nem de metas.
No seu blog no Estadão online, a articulista econômica Zeina Latif abordou na última sexta-feira os “Gastos invisíveis” do governo, especificamente com isenções tributárias. Logicamente que a Zona Franca de Manaus não ficaria de fora. E o pressuposto da colunista é que a crise possa levar o governo federal a uma reavaliação da renúncia tributária, a fim de alcançar o equilíbrio fiscal. Já houve quem se manifestasse contrário. Mas o fato é que esta possibilidade fica cada vez mais forte, haja vista as dificuldades para acertar as contas da Fazenda.
Ser contra ou não, ao pensamento da articulista, é um direito. Porém, este é um bom momento para avaliarmos o modelo ZFM que vai chegar aos 49 anos, sem um ‘avanço real’ em sua modelagem de base. Ao longo desse período, dos 11 governadores que sentaram na ‘cadeira’ somente José Lindoso planejou e deixou em implantação um modelo de interiorização. Os demais preferiram planos ‘mirabolantes’ como a venda de madeira da floresta, a comercialização do couro de jacaré, o Terceiro Ciclo e a Zona Franca Verde.
Muitos bilhões foram desperdiçados em compra de motosserras, rabetas, máquinas e implementos agrícolas, sementes e insumos distribuídos aleatoriamente, sem um plano de trabalho nem de metas. Outros bilhões passaram paras as mãos dos interioranos como ‘fomento’ à agricultura ou Bolsa Floresta, sem nenhum resultado prático no sentido de uma produção em cadeia. Hoje o governo tem de cortar na carne para sobreviver, porque os orçamentos bilionários produzidos pela Zona Franca estão ameaçados pela crise, que pode inclusive engolir a própria Zona Franca.
Aí, só mesmo matando jacaré pra comer ou fazer matança de botos pra pescar piracatinga.
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