Manaus/AM - As Primeiras Eleições Unificadas para Conselheiros Tutelares 2015 aconteceram no último domingo (4), mas devido à desordem da votação foram canceladas,  pois foi possível encontrar de tudo: boca de urna, compra de votos, entre diversas outras irregularidades.

O Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM) se mostrou favorável ao cancelamento do pleito e na manhã desta segunda-feira (5) tomando como base as fiscalizações ocorridas ontem, verificou uma série de irregularidades no pleito e já manifestou a sua decisão pela anulação da votação.

No final da tarde do domingo, os nove Promotores de Justiça designados para fiscalizar as eleições nas nove zonas eleitorais da capital reuniram-se e elaboraram um relatório apontando as irregularidades encontradas por eles e deliberaram, por unanimidade, pela anulação do pleito. O MP-AM, então, oficiou, imediatamente, o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), responsável, em Manaus, pela realização das eleições, comunicando da decisão de tomar providências administrativas e judiciais, se fosse necessário, para o cancelamento do processo eleitoral.

Uma nova eleição foi marcada para o dia 8 de novembro desse ano.

​ Irregularidades

Nos dias que antecediam a votação, a atual conselheira tutelar da zona Centro-Oeste, Daiana Bandeira, foi flagrada pedindo votos em eventos nas Escola Municipais Mayri Assayag e João Aparecido, ambas no Parque São Pedro. Em uma das vezes a ação foi registrada em vídeo por um morador.

Um outro esquema foi flagrado por eleitores no dia da votação na zona Leste. De acordo com um denunciante, um dos integrantes de uma associação da Polícia Militar foi visto com sua equipe distribuindo santinhos e até mesmo dinheiro a eleitores que iriam votar. A ação também foi registrada em vídeo.