Economistas questionam Pacto Federativo assinado pela presidente
Economistas do Conselho Regional de Economia do Amazonas questionaram a falta de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento sustentável no Pacto Federativo assinado ontem pela presidente Dilma Rousseff com governadores e prefeitos.
Para o conselheiro federal do Corecon/AM, Erivaldo Vale, a proposta de desenvolvimento sustentável deveria vir acompanhada dos projetos de mobilidade urbana, ação que vem sendo ignorada pelo governo federal nos últimos 20 anos.
“Não apenas Manaus está passando por processos de urbanização desordenados e necessita de um novo padrão de desenvolvimento, mas todas as capitais brasileiras. Muitas vezes o termo sustentabilidade está presente somente nos discursos políticos, mas não é incluída nas ações governamentais”, defende Erivaldo.
Atualmente, o conselho organiza o o Congresso Brasileiro de Economia, que tem como tema “Economia Verde, Desenvolvimento e Mudanças Econômicas Globais” e será realizado, pela primeira vez em Manaus, no período de 4 a 7 de setembro, no Tropical Hotel. “O evento quer debater uma necessidade urgente do País e é lamentável que a principal líder da nação não tenha atentado para a importância concreta do assunto”, afirmou Erivaldo.
“Educação e transporte são itens imprescindíveis ao direito da cidadania do povo. Mas pensar em políticas de governo há longo prazo e não pensar em sustentabilidade é idealizar projetos sem a análise devida dos impactos socioambientais”, observou o presidente do Corecon/AM, Marcus Evangelista.
Ele defendeu as manifestações que vêm ocorrendo na capital reivindicando redução do valor da passagem do transporte coletivo público, mas questiona a falta de citações dos manifestantes sobre a importância do desenvolvimento sustentável. “Não se faz desenvolvimento hoje sem a avaliação da sustentabilidade. E esse tema precisa ser levantado agora em um momento em que se discute os rumos do País”, concluiu Evangelista.

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