Diabéticos devem redobrar cuidados com os pés
Toda pessoa que tem diabetes – disfunção metabólica crônica caracterizada pela elevação da taxa de glicose no sangue – deve ter um cuidado especial com os pés. Infecções ou problemas na circulação nos membros inferiores estão entre as complicações mais comuns em quem tem a doença mal controlada. Essas complicações – mais conhecidas como “pé diabético” – afetam metade dos pacientes com mais de 60 anos portadores da disfunção, segundo dados da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD).
No sábado (14) é comemorado o Dia Mundial do Diabetes e durante esta semana, as Unidades Básicas de Saúde (UBS), de rede municipal, vêm realizam atividades para reforçar as orientações sobre os hábitos que ajudam a manter os níveis da glicemia no sangue controlados, bem como os cuidados a serem adotados pelas pessoas portadoras do problema. “Os diabéticos devem fazer o acompanhamento sistemático e preventivo, que pode ser realizado na Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua casa. É a melhor maneira de para prevenir as complicações e o agravamento de seu quando, evitando a necessidade de hospitalização”, recomenda o secretário estadual de Saúde, Pedro Elias de Souza.
O endocrinologista Mario Quadros, da Policlínica Codajás, unidade da Secretaria Estadual de Saúde (Susam), explica que as infecções ou problemas na circulação sanguínea dos membros inferiores podem causar neuropatia (comprometimento dos nervos), úlceras, isquemia ou trombose. “Elas começam a ocorrer, em geral, quando as taxas de glicose permanecem altas durante muitos anos. Se não for tratado, o pé diabético pode levar à amputação do membro”, salienta Quadros. Segundo o Ministério da Saúde, 70% das cirurgias para retirada de membros no Brasil têm como causa o diabetes mal controlado: são 55 mil amputações anuais.
Mario Quadros esclarece que a pessoa com pé diabético tem sintomas como formigamentos, perda da sensibilidade local, dores, queimação nos pés e nas pernas, sensação de agulhadas, dormência, além de fraqueza nas pernas. Os sintomas se agravam à noite quando o paciente se deita. “Normalmente a pessoa só se dá conta quando está num estágio avançado e quase sempre com uma ferida, ou uma infecção, o que torna o tratamento mais difícil devido aos problemas de circulação”, frisa o médico.
Alguns cuidados podem ser feitos pelo próprio paciente ou por seus familiares, como examinar os pés diariamente e cuidar a escolha dos calçados. “Deve-se verificar a existência de frieiras, cortes, calos, rachaduras, feridas ou alterações de cor. Uma dica é usar um espelho para se ter uma visão completa. Manter os pés sempre limpos e hidratados usando água morna e toalhas macias sem esfregar para enxugar. Recomendamos também que o paciente use tênis, sem costuras internas, sempre com meia de algodão ou lã.”, orienta o endocrinologista.
Fique por dentro: Tratar corretamente o diabetes significa manter uma vida saudável e o controle da glicemia, a fim de evitar possíveis complicações da doença. Os principais cuidados para tratar o diabetes incluem: atividades físicas, controle da dieta, verificação sistemática dos níveis de glicemia no sangue, evitar excesso no consumo de bebidas alcoólicas, não fumar, evitar situações de estresse, ter cuidado preventivo com os pés, os olhos e a boca (regiões que podem ser porta de entrada de infecções).
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