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Desenvolvimento humano avança mais no Amazonas, Amapá e Piauí

Por Portal Do Holanda

22/11/2016 20h05 — em
Amazonas



 O desenvolvimento humano avançou em todos os 26 estados brasileiros mais Distrito Federal entre 2011 e 2014. As maiores tendências de avanço foram observadas no Amapá, cujo Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) pulou de 0,700 em 2011 para 0,747 em 2014 (alta de 0,047, mantendo-se no nível alto), no Amazonas, onde passou de 0,672 para 0,709 (alta de 0,037, passando de médio para alto) e no Piauí, onde cresceu de 0,644 para 0,678 (alta de 0,034, mantendo-se no nível médio). Roraima (alta de 0,011), Goiás (de 0,010) e Sergipe (de 0,002) têm os IDHMs que menos avançaram. O de RR passou de 0,721 em 2011 para 0,732 em 2014, o de GO avançou de 0,740 para 0,750, ambos mantendo-se no nível médio. Já o IDHM de Sergipe foi de 0,679 para 0,681 no mesmo período, mantendo-se no nível médio. Os dados foram divulgados nesta manhã de terça-feira. Eles integram o mais recente Radar IDHM - trabalho fruto de uma parceria entre o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Fundação João Pinheiro (FJP).

Em relação a 2014, dado mais recente, cinco unidades da federação têm médio desenvolvimento humano, dezenove estão na faixa de alto desenvolvimento humano e três estão inseridas na faixa de muito alto desenvolvimento humano (Distrito Federal, com IDHM 0,839, São Paulo, com 0,819 e Santa Catarina (0,813). Nesse mesmo ano, a longevidade em dezessete unidades da federação estava na faixa do muito alto desenvolvimento humano e dez na faixa do alto desenvolvimento humano. Em 2014, a diferença entre o estado com a maior esperança de vida (SC) e o de menor esperança de vida (MA) totalizava 8,4 anos.

Maranhão (0,750), Piauí (0,761) e Alagoas (0,764) apresentam os menores valores para a esperança de vida ao nascer: 70 anos, 70,7 anos, e 70,8 anos, respectivamente. Por outro lado, os com valores maiores são Santa Catarina (0,890), Distrito Federal (0,876) e Espírito Santo (0,875) que possuem esperança de vida ao nascer de 78,4 anos, 77,6 anos, e 77,5 anos, respectivamente.

O IDHM educação tem duas unidades na faixa do baixo desenvolvimento humano em 2014 (Pará e Sergipe), dezesseis na faixa do médio desenvolvimento humano, oito na faixa do alto desenvolvimento humano e uma na faixa do muito alto desenvolvimento humano. Alagoas (0,603), Pará (0,592) e Sergipe (0,591) apresentam os menores valores do IDHM educação, enquanto São Paulo (0,800), Distrito Federal (0,789) e Santa Catarina (0,765) são as unidades com os maiores IDHMs.

O IDHM renda em 2014 tem doze unidades na faixa do médio desenvolvimento humano, quatorze na faixa do alto desenvolvimento humano e uma na faixa do muito alto desenvolvimento humano. Todas as doze unidades da federação com os menores valores e agrupadas na faixa do médio desenvolvimento humano estão localizadas nas regiões Norte e Nordeste. Dentre elas, Pará (0,654), Maranhão (0,638) e Alagoas (0,643) apresentaram os menores valores do IDHM renda, o que equivale a uma renda domiciliar per capita média de R$ 469, R$ 424 e R$ 414, respectivamente.

Por outro lado, as unidades com os maiores valores são Distrito Federal (0,852), São Paulo (0,783) e Santa Catarina (0,783) e representam renda domiciliar per capita média de R$ 1.606, R$ 1.047 e R$ 1.042, respectivamente. Em 2014, a UF brasileira com a maior renda domiciliar per capita média (DF) era quase quatro vezes maior do que a UF com a menor renda domiciliar per capita (AL).

Entenda o Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM)

O que é o IDHM

O IDHM brasileiro considera as mesmas três dimensões do IDH Global – longevidade, educação e renda, mas vai além: adequa a metodologia global ao contexto brasileiro e à disponibilidade de indicadores nacionais. Ele conta um pouco da história dos municípios, estados e regiões metropolitanas em três importantes dimensões do desenvolvimento humano.

Como é calculado

Para se chegar ao IDHM de um município, estado, região metropolitana ou do país são consideradas a expectativa de vida ao nascer dos indivíduos, a escolaridade da população adulta, a frequencia escolar da população jovem, e o padrão de vida medido pela renda per capita dos seus residentes.

. Foto: Renata Mello / Divulgação

Por que o IDHM é importante

Ele populariza o conceito de desenvolvimento centrado nas pessoas, e não a visão de que desenvolvimento se limita a crescimento econômico; sintetiza uma realidade complexa em um único número; e estimula políticas públicas que melhorem a vida das pessoas.

Crianças experimentam suco e bolo com 'ingredientes secretos' em oficina de Frédéric Monnier Foto: Adriana Lorete / Agência O Globo

Como ler o IDHM

O IDHM é um número que varia entre 0 e 1. Quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano de uma unidade federativa, município, região metropolitana ou país.

Crianças em aula na EDI Professora Raquel Kelly Lanera, na Zona Oeste Foto: Paula Johas / Divulgação Prefeitura do Rio

IDH Global

A metodologia aplicada em 2014 para o IDH Global compreende quatro variáveis: na saúde, a variável é a esperança de vida ao nascer; na educação, é a combinação de duas variáveis – média de anos de estudo da população com 25 anos ou mais e anos esperados de escolaridade -; na renda, a variável é a renda nacional bruta per capita.


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O Portal do Holanda foi fundado em 14 de novembro de 2005. Primeiramente com uma coluna, que levou o nome de seu fundador, o jornalista Raimundo de Holanda. Depois passou para Blog do Holanda e por último Portal do Holanda. Foi um dos primeiros sítios de internet no Estado do Amazonas. É auditado pelo IVC e ComScore.

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