Por meio da Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas, o deputado estadual Marcos Rotta (PMDB) vai pedir ao Ministério Público Federal e à Anatel suspensão de comercialização de novas linhas das operadoras TIM, Claro, Vivo e Oi no Amazonas.

Rotta afirmou ainda que pedirá ao Procon-AM a aplicação de uma multa à operadora Vivo, que pode variar até R$ 3 milhões, pela má prestação de serviço.    

Na avaliação de Rotta, os planos das operadoras não atendem a demanda e, consequentemente, o maior prejudicado é o consumidor, que paga caro por um serviço ineficiente. “Com base na quantidade de reclamações diárias contra as operadoras, acredito que o plano de rede dessas empresas não é suficiente para atender a demanda dos consumidores do Estado. Por conta disso, na minha opinião, se faz necessário suspender a comercialização de novas linhas até que os problemas sejam solucionados”, explicou Rotta.  

Para fundamentar o seu pedido, Rotta ressaltou que a CDC-Aleam apresentará à Anatel e ao MPF-AM um farto relatório, com dados e relatos sobre a ineficiência dos serviços prestados pelas operadoras no Estado.

Segundo Rotta, as operadoras têm a obrigação de ofertar serviços de qualidade ao consumidor e, hoje, um dos maiores problemas está relacionado às chamadas, que são interrompidas no meio do telefonema. “A falha nas ligações virou recorrente. Já foi verificado e confirmado pelas próprias operadoras que Manaus está cheia de “pontos cegos” (locais sem cobertura). No entanto, até hoje as empresas não encontram uma forma para solucionar esse problema, que causa transtorno e prejuízo aos consumidores”, comentou o peemedebista.

Vivo

Em relação à multa para a operadora Vivo, Rotta explicou que os serviços prestados pela empresa têm deixado a desejar. “As reclamações contra essa operadora são diárias, mas nos últimos 20 dias esses números aumentaram. Além das falhas nas ligações, também há queixas em relação à demora tanto no envio quanto no recebimento de mensagens. Há relatos em que as mensagens chegam apenas 24 horas depois de terem sido emitidas. Isso é um absurdo”, comentou Rotta, ao acrescentar que a telefonia é um serviço essencial, portanto não pode ser suspenso.

Rotta relatou ainda que, no último fim de semana, a operadora Vivo sofreu mais um “apagão”, ficando sem serviço por quase 48 horas ininterruptas. “Desde 2011, temos registrado “apagões” nos serviços prestados por essa empresa, mas chegou a hora de a operadora ser punida por isso”, concluiu. O valor da multa a Vivo pode variar de R$ 300 a R$ 3 milhões.