Deputado cobra rigor em investigações de denúncias de crimes cometidos por policiais militares
Moradores da comunidade Nobre, no Santa Etelvina, Zona Norte de Manaus, realizaram um protesto em frente à Assembleia Legislativa do Amazonas. Os moradores denunciaram a onda de violência dentro da comunidade que, segundo eles, já resultou em quatro mortes em apenas um mês. A suspeita é de que milícias estão agindo a mando dos grileiros da área.
O grupo de aproximadamente cem pessoas foi recebido pelos deputados estaduais Sidney Leite (DEM), Luiz Castro (PPS) e Conceição Sampaio (PP), que intermediaram o agendamento de uma reunião com a secretária de Governo, Rebecca Garcia. Líder do movimento Luta Popular, Júlio César Ferraz, contou que na comunidade Nobre moram, aproximadamente, 800 famílias, há quase dois anos. Segundo ele, no último mês, quatro homens foram assassinados por policiais que ameaçam, intimidam e agridem os moradores.
Uma das líderes comunitárias da comunidade, Socorro de Sá, disse que os moradores que saem para trabalhar de madrugada temem ser agredidos nas ruas. “À noite ninguém sai mais de casa, porque correm o risco de levar um tiro. As crianças tem medo e se escondem quando começa o tiroteio”.
Os moradores pediram o apoio dos parlamentares na questão da segurança e da titularidade da terra. De acordo com informações das lideranças, a população da comunidade Nobre não confia na atuação da polícia, uma vez que eles afirmam a existência das milícias. “Denunciar para polícia para que, se são eles que estão lá intimidando os moradores?”, questionou Ferraz.
O deputado Sidney Leite se colocou à disposição para buscar esclarecer essas denúncias e, se for o caso, punir os responsáveis pelos assassinatos. Leite destacou, ainda, que casos de intimidação por parte de policias também são registrados no interior do Estado e há notificações na Corregedoria. Para o parlamentar, é preciso que haja celeridade e rigor nas investigações de denúncias de crimes envolvendo policiais militares. “Entendo que é chegada a hora da Secretaria de Segurança Pública do Estado dar uma resposta mais firme, porque há um investimento muito grande e exemplo disso é o Ronda no Bairro, na capital e no interior. Temos que tirar essa parte podre para que não sujem a imagem dos policiais militares sérios e que se dedicam para proteger a população”.
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