Durante o encontro do Conselho Estadual de Educação Indígena foram feitas uma série de denúncias. Os conselheiros municipais relataram problemas que vão desde o desvio de merenda escolar até o atraso no pagamento dos professores. O presidente da Comissão de Educação, Cultura e Assuntos Indígenas da Assembleia Legislativa do Amazonas, deputado Sidney Leite também apresentou denúncias que tem recebido das comunidades do interior.

No encontro, Leite afirmou que à frente da Comissão de Educação, nesses últimos dois anos, encontrou municípios em que professores possuem contrato de dez meses (encerrando em novembro) deixando de receber o décimo terceiro salário, auxílios ou qualquer tipo de garantia de trabalho. “Encontrei professores que, por esforço próprio, estão indo para a faculdade com muita dificuldade. Não há um plano de cargos, carreiras e salário para os trabalhadores da educação indígena”, frisou o deputado. Para o deputado, é inaceitável situações como as de municípios que ainda hoje não iniciaram o ano letivo. Ressaltou que é também inadmissível - considerou que é “falta de comprometimento dos gestores”- que alguns municípios não ofereçam, ainda, ensino médio e tecnológico.

Entre os principais objetivos do CEEI encontram-se: criar mecanismos para garantir aos povos indígenas do Amazonas uma educação escolar intercultural, multilíngue, específica e diferenciada, de acordo com seus interesses e situações sociolinguísticas na busca da conquista da autonomia socioeconômica e cultural de cada povo; Incentivar e apoiar ações, proporcionando condições de intercâmbio entre as populações indígenas e não indígenas, visando ao mútuo conhecimento e a quebra de preconceitos; Assessorar os municípios na definição de implementação de suas políticas educacionais para as escolas indígenas entre outras.