Audiência Pública debate falta de dragagem do Rio Madeira

A falta de dragagem do Rio Madeira preocupa entidades e empresas de navegação fluvial da Região Amazônica. Com a proximidade do período de vazante, quando os níveis dos rios baixam, a Federação Nacional das Empresas de Navegação Aquaviária (Fenavega) e o Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas (Sindarma) alertaram sobre os impactos negativos de navegabilidade ao transporte de cargas.
A capacidade de operação do setor tem enfrentado redução na seca nos últimos anos. O assunto foi um dos temas discutidos durante audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), nesta segunda-feira (18), em Manaus.
O Rio Madeira, que banha o Amazonas e Rondônia, é uma das principais rotas fluviais das embarcações que transportam suprimentos, escoam produção agrícola e combustíveis na região. Pelo Rio Madeira são transportados nas embarcações só de grãos aproximadamente 5 milhões de toneladas, de acordo com a Fenavega.
A área compreendida como Hidrovia do Madeira pelo governo federal abrange o trecho de Porto Velho (RO) até a foz do rio, na confluência com os rios Amazonas e Apurinã. São 1.056 km do Rio Madeira e mais 212 km do Rio Aripuanã, considerados navegáveis pela Administração das Hidrovias da Amazônia Ocidental (AHIMOC). Entretanto, na prática a situação de navegabilidade é diferente da estimada pela administração da hidrovia.
O Rio Madeira mesmo sendo a principal rota do transporte cargas não tem sido foco dos investimentos da navegação de responsabilidade do Ministério dos Transportes e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

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