Os casos de suspeita de Zika vírus estão se alastrando em Manaus. Neste sábado, 19, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) informou que 60 casos de notificação da doença foram registrados na capital. Somente cinco casos foram descartados, e um caso foi confirmado. O restante ainda aguarda diagnóstico.

Entre as 54 suspeitas, 11 são em gestantes, o que é ainda mais preocupante devido a relação do vírus com a microcefalia.  

Ainda no sábado, foi realizado em Manaus o ‘Dia Z’ do combate ao mosquito transmissor da doença, Aedes aegypty, vector também de doenças graves como o dengue, a febre amarela e a chikungunya. A campanha percorreu 100 pontos estratégicos de Manaus com distribuição de materiais educativos para alertar a população sobre os perigos das doenças e do mosquito.

Foram apresentados ainda drones para identificação de focos de mosquito, além de carros e motos que irão realizar o “fumacê" em locais com grandes focos do mosquito.  Exames

Atualmente, a circulação do vírus Zika em uma região é confirmada em algumas amostras, por meio de teste PCR. Em média, leva-se até 15 dias para a coleta, o envio ao laboratório de referência, o processamento, a análise e o resultado das amostras.

O teste deve ser feito, de preferência, nos primeiros cinco dias de manifestação dos sintomas. A partir da confirmação e caracterizada a presença do vírus na região, os outros diagnósticos são feitos clinicamente, por avaliação médica dos sintomas.  Vale ressaltar que o vírus Zika é de difícil detecção, pois cerca de 80% dos casos infectados não manifestam sinais ou sintomas.

Sintomas

Segundo o dr. Drauzio Varella, os sintomas do Zika vírus envolvem febre por volta dos 38 graus, dor de cabeça, no corpo e nas articulações (que pode durar aproximadamente um mês), diarreia, náuseas, mal-estar. A erupção cutânea (exantema) acompanhada de coceira intensa pode tomar o rosto, o tronco e os membros e atingir a palma das mãos e a planta dos pés. Fotofobia e conjuntivite são outros sinais da infecção pelo Zika virus. O período de incubação varia entre 3 e 12 dias após o contágio. A enfermidade é autolimitada. Em alguns dias, o organismo se encarrega de combater o vírus.