Sem tornozeleira irlandês, preso por cambismo, não sai de Bangu 10
RIO - O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) concedeu ontem habeas corpus para o irlandês Kevin James Mallon, diretor da empresa britânica THG, que foi preso no começo do mês por envolvimento com venda de ingressos falsos para a Olimpíada. Mas o alvará de soltura não pôde ser emitido emitido, porque é exigido que o réu use tornozeleira eletrônica, mas o governo estadual no dispõe do aparelho de monitoramento.
— Soube por um advogado nosso, que está lá em Bangu 10, que ele não vai ser solto e já me antecipei em informar à juiza, que está com o caso, para tentar buscar uma solução. Mas ela só pode tomar qualquer providência, depois que o oficial de justiça, que está a caminho do presídio para dar a ordem de soltura, ser avisado de que o meu cliente não vai poder ser liberado por culpa da falência do estado — conta o advogado criminalista, responsável pela defesa do irlandês, Ricardo Sidi.
Três liminares para a soltura de Kevin já haviam sido negadas pela Justiça. O irlandês foi detido no dia 5 deste mês. Na ocasião, também foram decretadas as prisões dos britânicos Marcus Evans e Martin Studd, do irlandês David Patrick Gilmore, e do holandês Marten Van Aos, todos diretores da THG, que estavam foragidos e já voltaram para o exterior.
A THG foi a empresa responsável pela venda oficial de ingressos para a Olimpíada de 2012, em Londres, mas não estava credenciada para repassar ou vender entradas para os Jogos do Rio, que chegaram a ser vendidos por 8 mil dólares (cerca de R$ 25 mil). Segundo a polícia civil do Rio, ela comprou os ingressos por meio da empresa Cartin, que estava credenciada para essas operações. A empresa também esteve envolvida na máfia dos ingressos para a Copa do Mundo de 2014.
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