Forças Armadas descartam ocupar pontos turísticos do Rio
RIO — Apesar do pedido do setor hoteleiro, o gabinete de intervenção federal não pretende usar as Forças Armadas no patrulhamento dos principais pontos turísticos da cidade. Na tarde desta quarta-feira, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado do Rio de Janeiro (ABIH-RJ), Alfredo Lopes, teve um encontro com o general Mauro Sinott para ouvir quais são os planos das forças de intervenção para aumentar a sensação de segurança entre os visitantes da cidade maravilhosa. A ideia foi levada ao militar. No entanto, foi rejeitada pelas Forças Armadas. Segundo Alfredo Lopes, que considerou a reunião “bastante positiva”, o general informou que o uso de militares no patrulhamento de áreas turísticas do Rio não faz parte do planejamento.
— Eles disseram que as Forças Armadas podem ser usadas em alguma ocasião especial, se houver demanda. Mas não faz parte do projeto de intervenção. O general disse que vai realizar uma reunião com a Secretaria de Segurança do Estado e com a Guarda Municipal para pedir uma prioridade na questão da desordem urbana em pontos turístico — disse Alfredo o Lopes
O presidente da ABIH acredita ter “aberto um canal de comunicação” com o gabinete.
— Quando foi dada a notícia da intervenção na segurança do estado, os hotéis foram os primeiros a apoiar a ação, colocando bandeiras do Brasil nas fachadas. Ficamos aguardando este período de maturação do processo de intervenção para pedir uma audiência com o general. Passou um tempo e queremos saber como eles pretendem agir. Temos muita demanda de clientes nacionais e internacionais, que nos perguntam como vai ser daqui para frente — explica Alfredo Lopes.
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