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Carcaça de jubarte encalhada em Ipanema vai virar energia limpa

Por Agência O Globo

16/11/2017 16h11 — em
Rio de Janeiro



RIO - A carcaça da que encalhou na no feriado de quarta-feira ganhará um destino ecologicamente correto. A Ciclus, concessionária que administra o aterro bioenergético, em Seropédica, irá enterrar o animal em local reservado, sendo que a sua decomposição vai gerar gás. Este, depois de coletado, será utilizado para a geração de energia limpa e créditos de carbono. Em um ano, afirma a empresa, o esqueleto pode ser desenterrado para estudos.

Depois de horas de trabalho de equipes de diversos órgãos, a baleia jubarte foi retirada do local. Para isso, foi necessário o uso de um guindaste que içou a carcaça do animal, antes de colocá-la em uma carreta e transportá-la para o aterro de Seropédica. A remoção foi concluída por volta das 22h40m de ontem, e a operação contou com militares do Corpo de Bombeiros e agentes da Comlurb, além de profissionais da Guarda Municipal e da Defesa Civil.

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Durante o início da madrugada desta quinta-feira, agentes da Comlurb realizavam a limpeza no trecho da orla de Ipanema, entre os postos oito e nove, onde ocorreu o incidente. Além da retirada de areia do calçadão e da ciclovia, eles removiam os restos da baleia que ficaram na praia. Ainda havia um odor oriundo do animal morto, mas o cheiro já era menos intenso do que horas antes, segundo quem estava no local.

— Precisa ver na hora em que retiraram a baleia. O cheiro estava bem forte — disse um funcionário da Comlurb.

Para a operação de retirada da carcaça da baleia, que pesava cerca de 20 toneladas, foi necessária a interdição de parte da Avenida Vieira Souto. O bloqueio aconteceu na pista sentido Copacabana. Enquanto o trecho estava fechado, o desvio do trânsito era realizado pela Avenida Epitácio Pessoa. No início desta madrugada, segundo informou o Centro de Operações Rio, da Prefeitura, a pista já havia sido desbloqueada.

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A baleia encalhada entre os postos 8 e 9 da praia chamou a atenção de banhistas ao longo desta quarta-feira. Segundo o biólogo Rafael Carvalho, do Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores da Faculdade de Oceanografia da Uerj, o animal estava em estágio avançado de decomposição. As causas da morte ainda não são conhecidas:

— É um animal macho, que mede de 13 a 15 metros, e está em estágio de decomposição avançado, pois o pênis está para fora, a coloração está bem prejudicada. Era para ser mais preta com partes brancas no ventre — explicou o biólogo.


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