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(Imagens do CIOPS mostram momento da chegada do veterinário antes de ser assassinado. Reportagem: Pedro Braga Jr/Portal do Holanda)

MANAUS/AMAZONAS - Em pouco mais de 24 horas, a Secretaria-Adjunta de Inteligência (Seai), da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), solucionou o caso do desaparecimento do veterinário Fernando Augusto Souza Moura, de 64 anos, com o encontro de seu corpo em igapó da margem direita do rio Negro, em frente à capital Manaus.

Além disso, a Seai/SSP prendeu cinco envolvidos com a morte do médico, resultado de crime de encomenda, conforme explicou o secretário de Inteligência, Thomaz Vasconcelos. Foram presos o mandante do homicídio, o policial civil aposentado Dorval Vieira Rodrigues, de 82 anos; Evandro Souza dos Santos, 40; Zacarias Araújo Duarte, o “Timbal”, de 44; José Bernardo de Oliveira, o “Zé Canoeiro” ou “Zé Pirarucu”, de 61; e Jardel Brito da Silva, vulgo “Vovô”, de 29 anos.

Conheça o caso em detalhes

Após ter sido mordida, a esposa do policial aposentado Dorval resolveu encaminhar o cachorro de estimação para o veterinário Fernando. Ao chegar em casa, o aposentado teria ficado enraivecido com a decisão da companheira. Após algum tempo ele descobriu que o cachorro foi repassado ao veterinário e a partir de então o problema teve início.

Conforme o aposentado que encomendou o crime, Fernando estava há 11 meses “enrolando” e passou a se sentir humilhado. “Foi aí que eu decidi pagar 5 mil reais para um cara aleijar ele e nunca mais debochar de ninguém”, disse o mandante do crime que ao ser questionado se achava justo matar alguém por causa de um cachorro respondeu: “Claro!”. Um dos executores chegou a afirmar que ele havia pagado R$ 10 mil pelo crime.

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Dorval teria procurado o feirante Evandro, que por sua vez apresentou o "Timbau". Timbau então cuidou de contratar o executor Zé Canoeiro, que também conseguiu arregimentar o comparsa “Vovô”.

Um deles foi até a clínica veterinária onde trabalhava Fernando sob a justificativa de que precisava que o médico fosse até um barco que ficava do outro lado do rio no Amarelinho para examinar um cachorro de grande porte que não tinha condições de ser transportado.

Ficou marcado então para o sábado com honorário no valor de R$ 150 reais.

Por volta das 15h20, o médico-veterinário Fernando estacionou seu carro em um bar próximo ao porto e ligou para o “Zé Canoeiro” que respondeu o estar aguardando em um bote no porto. Ao chegar, a vítima foi orientada a sentar no banco da frente da embarcação. No meio do rio, foi disparado um tiro na nuca de Fernando.

Ao concluir a travessia, os dois comparsas jogaram o corpo da vítima no paraná do gasoduto empurrando o corpo bem fundo no igapó, o que impediu com que boiasse.

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Com o apoio da Delegacia Fluvial, da Polícia Civil, e de mergulhadores do Corpo de Bombeiros, a Seai levou os suspeitos ao igapó que fica do outro lado do rio Negro, onde encontrou primeiramente a mala de trabalho do veterinário, bastante manchada de sangue, na manhã de terça-feira. “Os suspeitos ainda tentaram dificultar a indicação do local onde jogaram o corpo do médico, mas à tarde resolveram apontar o local exato. Os mergulhadores, então, encontraram rapidamente o cadáver”, disse o delegado Thomaz, responsável pelo caso.