Em Manaus, condenado por estupro de enteada é liberado após ela revelar mentira
Manaus/AM - Um homem condenado a 14 anos de prisão por ter supostamente estuprado a enteada, foi posto em liberdade após descobrirem que a jovem mentiu em julgamento. A Defensoria Pública do Amazonas (DPE-AM) conseguiu a revisão da pena e provou a inocência do acusado.
O defensor público Bruno Soré, responsável pela revisão criminal, explicou que, embora a menina acusasse o padrasto de lesão corporal e estupro, ele admitia que agrediu a jovem, mas repetia que não a tinha estuprado. Como não havia laudo pericial atestando a ocorrência de conjunção carnal recente, nem mesmo testemunhas da prática do crime de estupro, o acusado havia sido condenado e preso com base essencialmente na palavra da vítima.
Após a prisão do padrasto, a jovem contou a verdade, revelando que o padrasto havia lhe agredido, mas não a estuprado. “A Defensoria Pública então pegou o relato da jovem, ingressou primeiro com uma justificação criminal (procedimento pelo qual a menina confirmou, para o Poder Judiciário, que tinha mentido) e, depois, com a revisão criminal, que foi aceita e julgada procedente pelos desembargadores do Tribunal de Justiça do Amazonas", explicou o defensor.
Para Bruno Soré, após a confissão da menina de que havia mentido, não existia mais qualquer fundamento para manter a condenação do suspeito, posição adotada pelos desembargadores que participaram do julgamento da revisão criminal, o homem foi absolvido do crime de estupro de vulnerável.
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