SÃO PAULO - Uma troca de tiros entre policiais civis de São Paulo e de Minas Gerais no estacionamento de um hospital privado em Juiz de Fora (MG) terminou com um morto e dois feridos na tarde desta sexta-feira. A polícia mineira informou que apreendeu, com os agentes de segurança paulistas, duas malas com R$ 15 milhões - parte desse dinheiro em notas falsas. A Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo também está apurando o caso.

Policiais paulistas contaram em depoimento que estavam fazendo a escolta de um empresário do estado em Juiz de Fora. É proibido aos policiais fazerem bico como segurança. Dois delegados, cinco investigadores, um agente e um carcereiro chegaram a ser presos - cinco deles foram liberados. O suposto empresário não foi localizado e não teve seu nome revelado.

Ainda segundo esse depoimento, o empresário iria trocar as malas de reais por dólares com um empresario de Minas. Os investigadores do caso suspeitam que os policiais civis de Minas também estariam fazendo trabalho de segurança irregular, mas para o doleiro.

A confusão ocorreu por volta das 16h de sexta-feira em um prédio anexo do Hospital Monte Sinai. Policiias civis de Minas abordaram dois agentes paulistas, que estavam à paisana, mas portavam armas. Um terceiro policial de São Paulo viu a cena e atirou contra os mineiros. Teve início um tiroteio.

O policial mineiro Rodrigo Francisco morreu na troca de tiros e foi enterrado na tarde deste sábado em Juiz de Fora. Dois outros agentes foram internados com ferimentos graves e não tinham deixado o hospital até o início da noite deste sábado.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública de Minas Gerais informou que "lamenta o ocorrido” e que a Polícia Civil tem autonomia para seguir as investigações.

Já a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo afirmou que "não compactua com desvios de conduta de seus agentes" e que os envolvidos na ocorrência "devem responder criminal e administrativamente por eventuais irregularidades cometidas”.