Manaus/AM - A senadora e candidata à reeleição Vanessa Grazziotin (PCdoB) participou na segunda-feira (17) de um almoço na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Manaus, no qual pôde apresentar suas propostas aos principais empresários do comércio na capital e alguns do interior. O presidente da CDL, Ralph Assayag, abriu o evento elogiando a atuação aguerrida de Vanessa no senado e a coragem em defender suas convicções políticas.

Vanessa afirmou que tem orgulho de defender suas ideias e que faz questão de deixar bem claro de que lado está na política nacional. “Eu, sinceramente, não imaginava que nós viveríamos o que estamos vivendo hoje. A gente anda na rua, fala com as pessoas, e parece que está tudo normal. Não está normal. A gente não vive hoje num sistema democrático no Brasil”, denunciou a senadora. “O que acontece, de fato, é uma pausa na democracia”, disse.

“O que aconteceu em 2016 foi um golpe. Não foi um impeachment. Não tiraram uma presidente pelo crime que ela cometeu. Num momento em que as malas de dinheiro iam e vinham e que as denúncias já eram fortes, tiraram uma presidente da república por causa de pedalada fiscal”, afirmou Vanessa aos empresários.

Para a senadora, o impedimento da presidente Dilma foi a forma que o grupo político que perdeu as últimas quatro eleições encontrou para tomar o poder. “Essa decisão política teve ressonância na sociedade”, disse. “Nesse período, eu fiquei sozinha. Numa bancada de 11 parlamentares do Amazonas, três senadores e oito deputados, eu fiquei sozinha”.

Vanessa afirmou que foi um momento muito difícil para ela. “Não só lá dentro com os meus colegas, mas também na sociedade. A maioria das pessoas achava que tinha que mudar. Do ponto de vista da perspectiva eleitoral, eu podia ter ficado quieta. Mas eu não troco a minha consciência, a minha luta, o meu conhecimento por questões eleitorais ou popularidade”, afirmou.

“Eu gostaria muito de estar fazendo uma autocrítica e dizer que estava errada e que o resto da bancada amazonense estava certa. Mas, infelizmente, não foi o que aconteceu. Tudo que nós dissemos que iria acontecer, está acontecendo “, lamentou.

A senadora falou de sua luta pela Zona Franca de Manaus, contra  a privatização da Eletrobras, contra a reforma trabalhista, contra a reforma da Previdência e contra a venda do pré-sal. Disse também que pretende continuar trabalhando pelos trabalhadores amazonenses e que essa é a razão de buscar a reeleição ao Senado Federal.