Manaus/AM - O ministro Sérgio Moro, em meio a polêmica divulgação de mensagens que mostram suposta colaboração no processo de condenação do ex-presidente Lula, está em Manaus nesta segunda-feira (10) e afirmou que não viu nada de mais no que foi divulgado pelo site Intercept Brasil. Para o ministro, o crime está configurado na invasão dos celulares de procuradores. 

"Já me manifestei ontem eu não vi nada de mais (nas mensagens). O que houve foi uma invasão criminosa de celulares de procuradores. Pra mim isso é um fato bastante grave essa invasão e essa divulgação. Quanto ao conteúdo eu não vejo nada de mais, esta havendo muito sensacionalismo em cima dessas supostas mensagens”, declarou o ministro à imprensa. 

Foto: Pedro Braga Jr. / Portal do Holanda

Sobre a autenticidade das mensagens, Moro disse que não tem como comprovar, pois não as guarda. "Não tem nenhuma orientação naquelas mensagens. Eu nem posso dizer que são autênticas, porque são coisas que acontecem, se aconteceram há anos atras. Eu não guardo estas mensagens, eu não tenho registro disso”, comentou. 

Moro ainda acrescentou que conversas entre juízes e procuradores, com advogados e policiais são normais e que não houve orientações quanto ao andamento das investigações. O ministro mostrou desconforto com os questionamentos sobre o tema e que só responderia perguntas sobre o sistema prisional de Manaus, como não houve, ele se retirou. 

Moro esta na capital amazonense para participar da reunião do Conselho Nacional dos Secretários de Estado da Justiça, Cidadania, Direitos Humanos e Administração Penitenciária (Consej), que ocorre no Hotel Quality Manaus, na zona Centro-Sul da capital. À tarde, Moro irá até o Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) para uma vistoria in loco. 

Veja a íntegra da entrevista de Moro abaixo: