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'O amigo safado', que gravou o deputado, é o cidadão que se revolta com a sordidez que rola nos porões do poder


Por Raimundo de Holanda

15/07/2017 17h15 — em
Bastidores da Política



A palavra ‘safado’ tem inúmeros significados, que variam conforme o dicionário. Mas no dicionário parlamentar pode se resumir a um cidadão que se indigna e revela a sordidez de homens públicos que ‘tramam nas sombras’, quando o cargo lhes exige transparência.

Hoje o Amazonas vive uma de suas piores crises político-econômica de todos os tempos. Mas para o governante e seus ‘chegados’ o maior problema não é esse, é o “amigo safado”.

O governo dos parlamentares escancara seus reais objetivos. Cansados de ‘mamar’ no pires, agora querem mamar direto nas ‘tetas’.

Mas não vai ser com mentiras ou tramas sombrias que os candidatos nessa eleição vão conquistar o eleitor. Ele tem a mídia eletrônica e não precisa de licença pra denunciar.

E o “amigo safado” é o cidadão que se revolta com a sordidez que rola nos porões do poder. Porque é ele que vê o salário minguar, o emprego faltar e a sobrevivência ficar ameaçada.

Vão levar um ‘não!’ do eleitor aqueles que ainda não acreditam que o tempo da ‘enganação’ acabou.

"UM MENINO" PARA ALESSANDRA

Causou espanto nas redes sociais a presença da ‘arqui-inimiga’ do governo Alessandra Campêlo, caminhando ao lado do interino David Almeida. Pior ainda, defendendo o ‘língua solta’ Platiny Soares, que para ela é apenas um “menino”... malvado.

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Do outro lado, a senadora Vanessa Grazziotin, mãe política de Alessandra, caminhava lado a lado com o candidato Eduardo Braga em ruas do interior. Os comunistas já não se entendem.

DIREITO DE RESPOSTA DE ALESSANDRA

A propósito do que foi publicado no bloco acima, a deputada estadual Alessandra Campêlo (PMDB), enviou o seguinte texto à coluna:

"Quando disse que Platiny "é um menino" não estava diminuindo a gravidade do que ele falou.Na verdade disse que o comportamento dele era inadequado para um parlamentar. Disse inclusive ao governador David que deveria se afastar dele e que deveria dar uma resposta oficial a população."

CONFIANÇA NO SUPREMO

A deputada federal Conceição Sampaio (PP) disse à coluna que o ato do Senado permitindo a concessão de incentivos fiscais no País, sem o aval do Confaz, poderá ser barrado no âmbito do Supremo Tribunal Federal.

LEGISLAÇÃO MAIOR

 “O meu voto foi contrário ao projeto aprovado pelo Senado, pois o próprio Supremo já determinou que nenhuma empresa receberá incentivo sem autorização do Confaz. E, depois, a ZFM tem a proteção de uma legislação maior  que é a da Constituição Federal”, declarou Conceição.

POLÊMICA DAS PROMOÇÕES

Com um impacto mensal de R$ 5,8 milhões aos cofres estaduais, as promoções a policiais militares e a reposição salarial dos policiais civis referente ao Plano de Escalonamento serão analisadas na próxima semana pelo MPF-AM e pelo Ministério Público Eleitoral.

O NÓ DA QUESTÃO

Embora o desembargador Flávio Pascarelli sustente que o seu ato não fere a legislação eleitoral por se tratar de cumprimento de ordem judicial do TJAM, alguns advogados garantem que o ato contrariou o artigo 73 da Lei das Eleições que trata de condutas vedadas.

“TUNGARAM A UEA”

Para o deputado Serafim Corrêa (PSB), a autonomia financeira da UEA jamais ocorrerá enquanto o governo estadual não enviar mensagem a Assembleia Legislativa revogando o artigo 6 da Lei 3022/2005. “Ocorre que tungaram a Universidade”, diz o político.

INDEPENDÊNCIA DE PIRRO

Segundo Serafim, o artigo 6 separa a receita da UEA em duas fontes, uma para o ensino superior e outra para infraestrutura. “O dinheiro que entrar na conta da UEA será dela, mas o artigo diz que o excesso de recursos tem que ser transferido para os cofres do governo. Se não mudarem isso, a autonomia vai virar uma independência de Pirro”, afirmou Serafim à coluna.

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ASSUNTOS: amigo safado, platiny

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.