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Arthur Virgílio e o poder da serpente


Por Raimundo de Holanda

16/05/2017 21h15 — em
Bastidores da Política



O prefeito Arthur Neto não é um amigo do qual você possa se orgulhar, mas é uma pessoa inteligente, focada em projetos de poder. Amizade para ele é negócio, coisa circunstancial e com validade pré definida. 

Fala mansa, discurso firme, Arthur é cativante. Encanta quando tira da memória causos que construíram a história política do estado e do País. Arthur é também ardiloso como uma serpente. E se não fosse mito que as cobras encantam seria fato que de seu veneno  provaram Gilberto Mestrinho, Amazonino Mendes, Eduardo Braga, Omar Aziz, Vicente Filizola, Deodato Miranda Leão ( e a lista não acaba). Fora as mulheres que ele amou também circunstancialmente.

No momento,  olha com pálpebras fechadas, quase como uma naja, o governador interino  David Almeida e o vice prefeito Marcos Rota, encantados por ele. Vão ser fatalmente picados... Arthur é assim, só ele e o mundo a sua frente. Inteligente e só. Profundamente só...

OS CUSTOS DE UMA ELEIÇÃO 

A logística continental, os elevados custos aéreos dos deslocamentos e o pouco tempo para a campanha serão os maiores inimigos dos concorrentes nesta eleição ‘solteira’ para governador do Amazonas. Além disso, a proibição dos financiamentos empresariais pela Lei Eleitoral só contribui para tornar mais difícil o ‘sonho’ de alguns candidatos governarem o Amazonas.
Na pré-seleção para o dominó, as duplas começam a se aproximar com a intenção de compor chapas. O cacife eleitoral é alto e está distribuído metade em Manaus e a outra metade nos 61 municípios do interior.

DAVID DEPENDE DE OMAR

Por enquanto os nomes que surgem podem ser considerados ainda apenas “balões de ensaio’. Até mesmo o governador interino David Almeida, para ser candidato, precisa superar uma questão crucial: a indicação do seu partido, o PSD. Onde quem indica é o senador Omar Aziz.

FREIOS NA EMPOLGAÇÃO

De acordo com o deputado Serafim Corrêa (PSB), o governador interino David Almeida deve frear sua empolgação e ser prudente  em relação ao acordo firmado com o prefeito Arthur Neto visando a diminuição da tarifa do transporte coletivo em Manaus.
Primeiro, Serafim defende uma acurada investigação sobre o desvio de combustível por parte das empresas concessionárias de ônibus e só depois é que David deveria focar a redução da tarifa. “Houve uma flagrante quebra de confiança por parte das empresas”, argumenta o ex-prefeito da capital.

VOLTA DA CPI DO DIESEL

Um recurso administrativo ao plenário da Assembleia Legislativa, de autoria dos deputados José Ricardo (PT), Serafim Corrêa (PSB), Luiz Castro (Rede) e Alessandra Campêlo (PMDB), pode ressuscitar a CPI do Combustível, arquivada há um mês pelo então deputado-presidente do Poder, David Almeida (PSD).
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Os parlamentares oposicionistas destacam jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a questão, demonstrando que os deputados que retiraram suas assinaturas da CPI só poderiam fazê-lo antes da aprovação da matéria em plenário e não depois, como acabou ocorrendo. Nove deputados aprovaram a CPI e a seguir, no momento da sua instalação, três deles retiraram as assinaturas.
 
 HOMENAGENS À UEA

 
Exatamente uma semana depois de tomar posse no cargo de governador interino do Amazonas, o deputado David Almeida voltou ao  plenário da Assembleia Legislativa, ontem, para participar de uma sessão especial em homenagem à Escola Superior de Ciências Sociais da UEA, requerida por ele próprio como deputado.

ROUBAR E DEVOLVER AOS POBRES
 
Diante de políticos e sindicalistas do PT que condenavam as ações da Lava Jato contra os ex-presidentes Lula e Dilma, o líder da REDE Luiz Castro jogou um balde de água fria nos discursos calorosos. “É fundamental barrar essa reforma da previdenciária, e acho que a CPI da Previdência é louvável. Agora, aplaudir quem rouba dos pobres para devolver um pouco aos pobres, não contem comigo.”

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ASSUNTOS: arthur virgilio, Manaus

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.