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A 'tarifa Arthur'


Por Raimundo de Holanda

21/02/2017 19h49 — em
Bastidores da Política



O prefeito Arthur Neto não apenas agiu de forma temerária ao conceder um segundo aumento na tarifa de ônibus em menos de um mês.. Foi imprudente diante de uma situação de estresse extremo em que se encontra o setor de transporte público.

O pior de tudo é que a situação foi criada e estimulada pelo próprio prefeito, tratando a questão como uma mera ‘alavanca’ para suas pretensões políticas.

Agora, ao perceber que deu tudo errado (simplesmente porque não houve planejamento técnico), Arthur ‘transferiu’ responsabilidades que são suas, exclusivamente suas.

Errou, e errou feio, achando que aos 71 anos poderia fazer ‘estrepolias’ de forma pouco responsável, levando a cidade ao caos e depois resolver com uma simples ‘canetada’.

Os tempos são outros, e as reações populares são duras e imediatas. Os órgãos de defesa do consumidor já tomaram a decisão de recorrer da medida do prefeito.

Não desceu do palanque

Ônibus com arcondicionado e intranet. Foi o que prometeu o prefeito Arthur Neto, sem combinar com os empresários de transporte coletivo. Muitos deles disseram que Arthur ainda não desceu do palanque ou vive no mundo da lua.

Os empresários  estão fazendo as contas. Eles alegam que 50% do que arrecadam são gastos com salários de funcionários e que para comprar 200 ônibus sem o "luxo" anunciado por Arthur, teriam que desembolsar R$ 60 milhões.

Durante a campanha Arthur prometeu não reajustar a tarifa.

Não cumpriu com a palavra

Pedindo esmolas

Desabafo do deputado Dermilson Chagas ontem em relação aos 50 anos da ZFM: “Nós ainda estamos aqui pedindo esmolas do governo federal para viver com dignidade”.  Ele cobrou ao ministro do MDIC explicação sobre o que vem fazer aqui, que não resolve nada. E cobrou ainda a regulamentação definitiva do CBA, para que possa começar a produzir novas tecnologias.

'Suruba é suruba'
 
Acossado pela mídia, o senador Romero Jucá esperneou contra o STF que quer reduzir o foro privilegiado de parlamentares a crimes cometidos apenas durante o mandato eletivo. “Se acabar o foro, é para todo mundo. Suruba é suruba.” Jucá quer retaliação dos parlamentares, com uma PEC que retire o foro de magistrados e integrantes do Ministério Público.

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ASSUNTOS: Arthur Neto, tarifa d eônibus

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.