Arthur erra na gestão do transporte público e tenta colar fracasso em Melo
A crise no transporte público de Manaus, criada pelo prefeito Arthur Neto, ao ‘empurrar com a barriga’ uma solução efetiva para o problema, fica cada vez mais difícil de resolver.
Arthur perdeu o ‘rumo da prosa’ e agora busca jogar a culpa em quem não participou da confusão criada por ele. O prefeito tenta ‘colar’ no governador José Melo o fracasso das negociações malfeitas para fugir da pecha de incompetente.
Foi Arthur quem conduziu a crise para o limite da tensão suportável, até ficar ‘engasgado’ com a própria enrolação. Aí jogou a ‘criança’ no colo do seu vice Marcos Rotta e rompeu o acordo de subsídio com o governo do Estado, aumentando a tarifa.
Negociou o que não podia e vendeu o ‘peixe passado’, acreditando que sustentaria em pé, pelo discurso, o castelo de areia no qual transformou um setor vital para a população de Manaus.
Não colou a tentativa de compartilhar o fracasso de sua politica populista com o governador José Melo, que sentindo-se alijado da questão, decidiu deixar o homem do ‘jiu-jítsu’ à vontade para lutar sozinho, como gosta.
Agora, julgando-se um expertise na arte do sofisma político, o prefeito ‘faz de conta’ que não foi ele quem começou a pendenga, rasgando uma decisão da Justiça e chamando pro tatame os empresários e os rodoviários. Quer colar no governador um rótulo que é dele próprio.
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.