O debate da Band serviu para revelar que ninguém é inocente. E que os candidatos,de uma forma geral, escondem segredos. Ou que na verdade todos, sem exceção, estiveram em algum momento no mesmo barco, separados agora por conveniências. A transparência,  apregoada por uns, não passa de subterfúgio, uma forma de esconder as origens. Foi um debate longo e cansativo. A própria emissora  contribuiu para criar no telespectador uma sensação de inutilidade, de cansaço e da vontade de mudar de canal. As perguntas que ficaram a cargo do mediador foram longas: quase meio minuto. Praticamente eram respostas em si mesmas. Houve apenas um momento de descontração, quando o candidato Henrique Oliveira disse que ia perguntar para o candidato Arthur Neto, mas este estava ausente. Risos...

Henrique também se rebelou quando Hissa Abrahão disse que ele escondia o apoio que teria do Pros; Veja vídeo abaixo:

Não houve vencedores nesse debate, massante, longo. Mas houve perdedores: os telespectadores menos apaixonados, que perderam parte da novela Velho Chico e O jornal das 10 da Globo News. (RH)

NA ONDA DOS CACIQUES

Quem está ‘surfando’ na onda dos caciques de sua coligação é o candidato Marcelo Ramos. Ele tem feito caminhadas nos bairros levado pela ‘militância’ do senador Omar Aziz e do deputado federal Alfredo Nascimento, que já mostraram que não estão ‘de brincadeira’ com a sua candidatura. Omar, principalmente, tem a responsabilidade de vencer nesta eleição municipal seu principal adversário em 2018, o senador Eduardo Braga, que agora está do lado do prefeito Arthur Neto. Quem sair vitorioso agora, fica com cacife forte para a próxima disputa.

O AZARÃO

O vice-governador Henrique Oliveira acredita que pode ser o ‘azarão’ desta eleição e por isso tem procurado descolar sua imagem de qualquer dos medalhões do poder atual. Só que pelo andar da carruagem, o vice terá de ‘apertar o passo’ para alcançar os concorrentes que largaram na frente da corrida. Altura e pernas pra isso ele tem, mais até do que o Bolt. Se saberá usá-las é outra história.

DILMA VOLTA À CENA

Daqui a dois dias a presidente afastada Dilma Rousseff voltará a ocupar o cenário principal da política e da mídia brasileira. Na quinta-feira o Senado abre a série de sessões históricas que vão decidir pelo impeachment ou pelo retorno de Dilma ao comando da Nação. Atravessando o fim de semana de plantão, os senadores decidirão em votação na segunda-feira o julgamento da presidente sob a acusação de crime de responsabilidade. A condenação é esperada por todos, até pela própria presidente. Porém, num julgamento político tudo pode acontecer.

BI JULGADO NO TCE

O candidato a prefeito de Parintins, deputado Bi Garcia também terá um dia decisivo hoje, só que no Plano do TCE-AM. Ele enfrentará o julgamento de nada menos que seis processos, que podem lhe tirar o direito de concorrer neste pleito municipal. Num deles, ele pode perder a liminar concedida pelo TJAM que lhe deu condições para registar a candidatura. Pelo teor dos processos contra atos praticados em suas duas administrações, de 2005 a 2012, o tucano terá de mostrar ‘fôlego de gato’ para manter sua candidatura viva.