O PR confirma nesta terça-feira o nome do radialista  Wilson Lima como vice do pré-candidato Marcelo Ramos. O partido ousa com uma chapa puro sangue. Mas abre mão de composições importantes, geralmente feitas a partir da combinação  da vaga de vice.  E revela que Marcelo  conseguiu o que poucos imaginavam: impor ao PR do cacique Alfredo Nascimento uma visão própria da politica e seus rumos. Essa ousadia lhe permitiu influir na indicação de seu companheiro de chapa. Se essa decisão de optar por uma chapa puro sangue afasta partidos que poderiam ser aliar ao PR, o tempo vai dizer.  Marcelo segue seu próprio caminho. O problema é que  o foco no horizonte, sem olhar para os lados,  tem seus riscos. E  se um trem passar na próxima encruzilhada ?

MAU EXEMPLO

Apesar da crise econômica, que continua a nocautear a economia brasileira, e demandas urgentes que precisam ser desembaraçadas no Congresso Nacional, o novo presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (DEM-RJ), decretou o funcionamento da Casa em apenas dois dias por semana até o fim de outubro.

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No seu esforço para tapar o Sol com uma peneira, o colega de partido de Maia, o amazonense Pauderney Avelino (DEM-AM),  diz que isso não atrapalhará o processo de apreciação de matérias importantes, inclusive porque será curto – 45 dias – o período de caça aos votos em 2016. Fica evidente o mau exemplo.

DISPUTA POR ARTHUR

Na medida em que vai se afunilando o processo de definição das chapas que concorrerão às eleições majoritárias de 2016, aumenta o número de pretendentes a vice do prefeito Arthur Neto (PSDB), que vai à luta por sua reeleição.

 DINHEIRO DA CORRUPÇÃO

O procurador-geral do MPC, Carlos Alberto Almeida, quer acompanhar o cumprimento das devoluções de recursos públicos, em condenações decretadas pelo TCE-AM. Trabalho não vai faltar, afinal os fichas sujas chegam a 845, e os desvios já somam mais de R$ 300 milhões. Até o final de 2015 chegou a R$ 280 milhões em glosas e multas aplicadas a gestores públicos. Neste ano algumas contas astronômicas foram acrescentadas, como os desvios em Codajás e São Gabriel da Cachoeira, cujos prefeitos foram condenados a devolver R$ 70,4 milhões corrigidos.

No final de 2013 o presidente do TCU, Augusto Ribeiro Nardes disse que chegava a R$ 150 milhões o montante de recursos públicos federais desviados no Amazonas por gestores e empresas. Agora já surgiram os R$ 30 milhões da Arena da Amazônia e se o procurador puxar o fio da meada vai aparecer coisas ‘do arco da velha’.

FALANDO EM DESVIOS...

Falando em desvios de recursos públicos, a conta do Amazonas é uma pechincha na frente da que os gestores do PT deixaram nas estatais do Brasil. Alguns exemplos só de 2015: prejuízo dos Correios: R$ 2,1 bilhões; na Caixa: R$ 40 bilhões; prejuízo da Petrobras: R$ 34,8 bilhões; rombo dos quatro maiores fundos de pensão estatais: R$ 60 bilhões; rombo das operações do BNDES: R$ 30,5 bilhões; prejuízo da Eletrobras nos últimos quatro anos: R$ 31 bilhões; pedaladas no BB: R$ 14,8 bilhões; desvios por corrupção na Petrobras: R$ 42 bilhões, segundo estimativa da PF. Total: R$ 255,2 bilhões! Ufa! Com a bateria tão esgotada, será que o país ainda vai ‘pegar no tranco’?

PPS MORIBUNDO´´

O PPS do Amazonas é hoje um partido politicamente falido, embora já tenha elegido em 2002 o governador do Amazonas. Sem que se saiba como nem porque, o camarada Guto Rodrigues tomou conta do partido e o conduziu ao ostracismo atual. Além de Eduardo Braga que se elegeu governador, o PPS já teve nomes respeitados como Lino Chíxaro, que foi presidente da Assembleia e Luiz Castro, deputado estadual cinco vezes, hoje na REDE de Marina Silva, além de Hissa Abrahão que foi vice-prefeito de Manaus. Mas nenhum deles conseguiu permanecer no partido por causa da mão-de-ferro do Guto, que neste ano lançou pré-candidatura a prefeito, que não foi levada a sério por ninguém.  

CANDIDATOS E DESPESAS

Os partidos políticos e candidatos que regularizarem seus CNPJs já poderão formalizar, a partir de amanhã, contratos que gerem despesas e gastos com seus comitês de campanha para a eleição. Com a inscrição federal partidos e os candidatos poderão abrir conta bancária específica para a movimentação financeira de campanha e a emissão de recibos eleitorais.