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Adeus, dona Ritta


Por Raimundo de Holanda

25/06/2016 23h31 — em
Bastidores da Política



Ritta Calderaro morreu na noite deste sábado.  Com sua morte se encerra uma  fase histórica  do jornal A Critica. Rita fez o primeiro desenho  ou diagrama do jornal e sonhou o sonho de seu marido, o jornalista Humberto Calderaro.   Em meio século, a empresa se modernizou, diversificou sua atuação, mas as raízes foram plantadas por Ritta e Humberto. A nova geração da família tem um desafio enorme pela frente: não deixar o sonho, que se tornou realidade, morrer, especialmente em um momento em que os jornais impressos migram para outras plataformas menos caras e mais acessíveis. Ritta desaparece fisicamente, mas o jornal  continua como  a sua alma, seu sangue, seus sonhos... Esse não pode desaparecer...(RH)

Henrique faz pacto com Hissa. Alvo é Arthur

Henrique Oliveira e Hissa Abrahão não planejam fundir seus partidos ou criar chapa única  para disputar as eleições de outubro.   Mas já discutem  uma aliança extrapartidária, para atacar um alvo comum:  o prefeito Arthur Neto. Os dois políticos se encontraram semana passada em uma lanchonete de Manaus. Foi à base de concrete, coxinha de galinha,  quibe e coca-cola que eles conversaram sobre o processo eleitoral e os meios de dinamitar a campanha a reeleição do prefeito.  Resolveram afinar um “discurso”  que será a partir de agora potencialmente demolidor.  

Henrique e Hissa , isoladamente, são apenas "gatinhos" admirados pelas mocinhas da periferia. Mas juntos são  perigosos e sem controle. Se a oposição que eles querem construir a partir de uma visão  de terra arrasada funcionará  como estratégia de campanha, o tempo  e o eleitor é que vão dizer. 

A RESISTÊNCIA DE ARTHUR

Arthur Virgílio Neto  comemorou ontem os 28 anos do PSDB. Ele participou ativamente do grupo de nomes que construíram o Brasil do Real,  como nação economicamente forte e administrativamente saudável. Ajudou a fundar o partido no Amazonas em 1988, quando disputava a eleição para prefeito de Manaus e em 1989, já prefeito tendo vencido o ‘todo poderoso’ Gilberto Mestrinho e seu afilhado e governador Amazonino Mendes, transferiu-se para o ninho tucano definitivamente. Admirador  de  Mário Covas e defensor do neoliberalismo preconizado pelo PSDB, Arthur resistiu a grandes tentações para alinhar-se com o ‘meteorismo’ de Fernando Collor, inclusive proposta de participação no governo.

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Herdeiro de uma linhagem política  inspirada na defesa dos ideais partidários, sustentou a campanha contra  contra o tsunami colorido apoiado pelas ‘viúvas’ da ditadura, e o nascente petismo de Lula. A história provou que Arthur tinha razão, Collor tropeçou no emaranhado de fios obscuros que tecera para chegar ao poder. O PSDB em seguida estabilizou o país com FHC na Fazenda e na presidência, mas infelizmente o lulopetismo chegou e tratou o Tesouro herdado como um butim de pilhagem.

VIXE MARIA!! E AGORA CIGS ?

A morte da onça Juma vira o mundo servindo de âncora aos interesses de ambientalistas ‘bem de vida’ e midiáticos. Enquanto o CIGS se enrola com pérolas nada plausíveis, como a de que “a vivência em jaulas e fora do seu habitat natural não causa transtornos ao desenvolvimento dos animais”, dita pelo seu comandante. É de fazer os naturalistas, inclusive Charles Darwin revirar-se na sepultura. Porém, o subprocurador-geral do MP-TCU, Lucas Rocha Furtado saiu-se com uma pérola negra: “as participações irregulares de animais selvagens de grande porte em aparições públicas, com expressiva quantidade de pessoas, detêm inegável risco de dano ao erário”. 

FALTA DINHEIRO PARA A CAMPANHA

Um celular na mão, uma ideia na cabeça e um grupo de pessoas para ouvir e aplaudir. Por falta de dinheiro e cautelosos quanto à movimentação de caixa 2 nas mãos de marqueteiros, os partidos pequenos começam a fazer uso produtoras próprias para gravar o horário eleitoral com receitas ‘caseiras’. E neste período pré-eleitoral as redes sociais são abastecidas com fotos e vídeos gravados no celular. Além do custo baixíssimo, ideal para os tempos de ‘vacas magras’, o modismo dos selfies que atraem grandes tribos da web vem contribuindo para aumentar expressivamente o número de seguidores. Se eles vão votar a favor ou contra é uma história que só as urnas revelarão com clareza. 

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ASSUNTOS: Henrique Oliveira, Hissa Abrahão, Manaus

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.