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Em Aleppo, cerco total das tropas do regime elevam temores por falta de alimentos

Por Agência O Globo

27/07/2016 20h00 — em
Mundo



ALEPPO — Ativistas alertam que centenas de milhares de pessoas sofrem com a falta de alimentos Aleppo, enquanto as forças do governo aumentam o cerco à cidade síria. O bloqueio às estradas ao redor vem sendo intensificado pelas tropas de Bashar al-Assad, o que impede a chegada de comboios humanitários que buscam aliviar as necessidades urgentes da população local. Além disso, bombardeios fizeram dezenas de vítimas em diferentes pontos da região.

Segundo a agência estatal de notícias, as tropas leais ao regime agora controlam completamente as entradas para Aleppo. Dias atrás, residentes das áreas controladas por rebeldes receberam mensagens de texto ordenando que eles deixassem suas casas e que combatentes abaixassem as armas.

— Hoje, não há nenhum modo de levar nada para dentro de Aleppo — disse Rami Abdulrahman, diretor do Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

Agências humanitárias estimam que os alimentos acabarão completamente na cidade dentro de algumas semanas. As tropas do governo sírio já utilizaram repetidamente os cercos como tática para levar as cidades controladas por rebeldes a se render por conta da fome. Agora, ativistas temem que a mesma estratégia seja empregada em Aleppo, onde vivem até 300 mil pessoas sob o controle dos insurgentes.

— Os suprimentos estão acabando rapidamente. Mulheres, crianças e homens começarão a passar fome a menos que as partes armadas em solo abram o caminho para a ajuda humanitária — disse a diretora da ONG “Save The Children” na Síria, Sonya Khush, ao “Guardian”.

Além disso, os bombardeios vêm piorando ainda mais a situação dos civis em Aleppo. Os abrigos e os suprimentos utilizado pela população são ameaçados pela violência. Um depósito de alimento com quase 10 mil pacotes já foi destruído, e os combustíveis para garantir energia às instalações médicas também estão acabando.

Em doze horas, explosões atingiram os únicos dois hospitais pediátricos que funcionam em Aleppo. Dentre as mortes registradas, estava a de um bebê de apenas dois dias. A explosão de um caminhão deixou um total de 50 mortos no Norte da Síria.


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