Cristina Kirchner transferiu bens para os filhos três dias após ser indiciada
BUENOS AIRES — A ex-presidente argentina Cristina Kirchner transferiu três de suas 25 propriedades para os filhos em meio ao avanço na Justiça de processos contra ela, informou o jornal “La Nación” nesta quinta-feira. A operação foi feita em 16 de maio, três dias após a ex-mandatária ser indiciada por supostas irregularidades do Banco Central e um mês e meio antes de um juiz federal ordenar o congelamento de todos os seus bens.
Segundo o “La Nación”, que teve acesso aos registros, os imóveis foram passados para os nomes de Máximo e Florencia Kirchner. Cristina já havia informado sobre a transferência em um post no Facebook, alegando ser legal e legítima.
Autora de várias denúncias contra a ex-presidente, a deputada da oposição Margarita Stolbizer acusou Cristina de preservar seu patrimônio de forma fraudulenta.
Os documentos também mostram inconsistências nas declarações dos Kirchner: alguns imóveis foram declarados como propriedade do ex-presidente Néstor Kirchner, mas que sempre estiveram no nome de Cristina.
Entre outros crimes, Cristina está sendo investigada por supostas operações de lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e irregularidades no Banco Central pela venda de dólar futuro a baixo preço.
Em julho, o juiz federal Claudio Bonadio determinou o congelamento das contas bancárias de Cristina até que a ex-presidente aceitasse o embargo de 15 milhões de pesos que já haviam sido fixados por ele, dentro caso conhecido como “Dólar Futuro”.
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