Presidente do Peru renuncia antes de sofrer impeachment por elo com Odebrecht
LIMA - O presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski (PPK), renunciou nesta quarta-feira, 21, ao cargo menos de 24 horas antes da votação no Congresso que poderia afastá-lo definitivamente do cargo por “incapacidade moral”, segundo duas fontes ouvidas pela agência Reuters.
A situação de PPK se tornou insustentável depois que na terça-feira o partido de oposição Força Popular, liderado pela ex-candidata presidencial Keiko Fujimori, divulgou uma série de vídeos no qual o irmão dela, Kenji Fujimori, e alguns congressistas ligados a ele oferecem a realização de obras públicas ao também parlamentar Moisés Mamani em troca do voto contra o impeachment de Kuczynski.
Com a renúncia de Kuczynski, que assumiu a presidência em 28 de julho de 2016, o primeiro vice-presidente do país, Martín Vizcarra, que também é embaixador no Canadá, deverá assumir a liderança do país.
Nesta quinta, Salvador Heresi, dirigente do partido governista, e outros aliados de PPK, mesmo os que deixaram o partido governista e são independentes, pediram a renúncia do presidente e afirmaram que votariam a favor de seu impeachment caso ele não deixasse o poder. Ministros do governo também pediram a saída do presidente.
Seriam necessários 87 votos de 130 para a aprovação na quinta-feira do impeachment de PPK. Pelas contas de políticos peruanos, pelo menos 90 deputados já tinham se mostrado favoráveis à destituição do presidente. / COM REUTERS
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